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Buraco natural enorme o suficiente para engolir o Cristo Redentor inteiro se abre no Chile

Traduzido por Julio Batista
Original de para a Live Science

Um enorme buraco natural, ou sumidouro, grande o suficiente para engolir o Cristo Redentor se abriu em um terreno de mineração no Chile, de acordo com o Sernageomin, o Serviço Nacional de Geologia e Mineração do país.

O buraco de 32 metros de largura apareceu no sábado (30 de julho) em uma área rural fora da cidade de Tierra Amarilla, cerca de 800 quilômetros ao norte da capital, Santiago. (Em comparação, o Cristo Redentor mede cerca de 28 metros de largura de mão a mão.) O buraco parece ter cerca de 200 m de profundidade, com um reservatório de água fluindo no fundo, de acordo com a Vice.

O buraco abriu no local da mina de cobre de Alcaparrosa. De acordo com a Lundin Mining, a empresa canadense proprietária da mina, nenhum ferimento ou dano foi relatado. Os geólogos da Sernageomin estão investigando o buraco e colocaram um perímetro de segurança de 100 m ao redor do local.

Sumidouros são poços que se formam sobre áreas onde a água se acumula no subsolo sem drenagem externa, fazendo com que a água esculpa cavernas subterrâneas, informou a Live Science anteriormente. Os sumidouros também se formam regularmente perto de minas antigas e ativas, onde grandes quantidades de rocha e minério foram extraídas, como vários estudos tem mostrado. Os sumidouros geralmente se formam gradualmente ao longo de muitos anos, mas também podem se abrir repentinamente, levando carros, casas e ruas com eles.

O Cristo Redentor tem 38 metros de altura (incluindo o pedestal) e 28 metros de largura de mão a mão. O sumidouro tem 32 metros de diâmetro e cerca de 200 metros de profundidade. (Créditos: Arne Müseler/Wikimedia/CC BY-SA 3.0)

Cristóbal Zúñiga, prefeito de Tierra Amarilla, disse a uma rádio local que a operação de mineração de Alcaparrosa já afetou sua comunidade. Segundo Zúñiga, os tremores e as explosões diárias da mina “destruíram nossas casas e nossas ruas, e hoje destruíram o solo”.

“Hoje aconteceu em um espaço que é uma propriedade agrícola, mas nosso maior medo agora é que isso possa acontecer em um local povoado, em uma rua, em uma escola”, acrescentou Zuñiga.

O sumidouro. (Créditos: Johan Godoy/AFP)
Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.