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Fim da pandemia: será que estamos perto?

A imunidade de rebanho é caracterizada pela imunidade em grande parte da população de uma região. Nesse sentido, a administração passiva de anticorpos monoclonais pode ter um grande impacto no controle da pandemia de SARS-CoV-2, fornecendo proteção imediata, complementando o desenvolvimento de vacinas profiláticas.

Um estudo, publicado na renomada revista Cell, analisou a resposta imunológica de amostras sanguíneas coletadas entre agosto e setembro de 2019, época em que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) ainda não existia. As amostras eram de pessoas e foram divididas em dois grupos: 1) Infectados pelo coronavírus humano (HCoV) e não infectados pelo SARS-CoV-2 e; 2) Não infectados pelo HCoV nem SARS-CoV-2.

Os resultados mostraram que a CD4 reativa à SARS-CoV-2 foi observada em ~ 40-60% dos indivíduos não expostos ao vírus, sugerindo reconhecimento de células T reativas ao “resfriado comum” circulante e SARS-CoV-2.

Portanto, essas evidências recentes apontam imunidade cruzada entre outros coronavírus com o SARS-CoV-2. Desta maneira, levanta-se a hipótese de que pode existir imunidade parcial em uma parte da população.

Referência

Vitor Engrácia Valenti

Vitor Engrácia Valenti

Graduado em Fisioterapia pela UNESP/Marília. Doutorado em Ciências pela UNIFESP com Sandwich na University of Utah. Pós-Doutor em Fisiopatologia pela USP e Livre-Docente pela UNESP/Marília. É Prof. Adjunto de Fisiologia e Morfofisiopatologia na UNESP/Marília. Membro do corpo editorial da Scientific Reports, da Frontiers in Physiology, da Frontiers in Neuroscience e da Frontiers in Neurology. Coordenador do Centro de Estudos do Sistema Nervoso Autônomo. Contato: vitor.valenti@unesp.br