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Físicos na Califórnia alcançam um marco histórico na fusão nuclear

Publicado na ScienceAlert

Cientistas nucleares usando lasers do tamanho de três campos de futebol disseram na semana passada que geraram uma enorme quantidade de energia da fusão, possivelmente oferecendo esperança para o desenvolvimento de uma nova fonte de energia limpa.

Os especialistas concentraram sua matriz gigante de quase 200 feixes de laser em um ponto minúsculo para criar uma megaexplosão de energia – oito vezes maior do que já haviam feito no passado.

Embora a energia tenha durado pouco tempo – apenas 100 trilionésimos de segundo – levou os cientistas para mais perto do Santo Graal da ignição de fusão, o momento em que eles estão criando mais energia do que estão usando.

“Este resultado é um marco histórico para a pesquisa de fusão por confinamento inercial”, disse Kim Budil, diretor do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, que opera o National Ignition Facility na Califórnia, onde o experimento ocorreu este mês.

A fusão nuclear é considerada por alguns cientistas como uma energia potencial do futuro, principalmente porque produz poucos resíduos e nenhum gás de efeito estufa.

É diferente da fissão, uma técnica usada atualmente em usinas nucleares, em que as ligações de núcleos atômicos pesados ​​são rompidas para liberar energia.

No processo de fusão, dois núcleos atômicos leves são “casados” para criar um núcleo pesado.

Neste experimento, os cientistas usaram dois isótopos de hidrogênio, dando origem ao hélio.

Este é o processo que acontece nas estrelas, incluindo nosso Sol.

“As equipes do NIF fizeram um trabalho extraordinário”, disse o professor Steven Rose, codiretor do centro de pesquisa neste campo do Imperial College London.

“Este é o avanço mais significativo na fusão inercial desde seu início em 1972”.

Mas, como advertiu Jeremy Chittenden, codiretor do mesmo centro em Londres, fazer disso uma fonte de energia utilizável não será fácil.

“Transformar este conceito em uma fonte renovável de energia elétrica provavelmente será um processo longo e envolverá a superação de desafios técnicos significativos”, disse ele.

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.