A IBM anunciou a construção e o teste de dois computadores quânticos para o mercado comercial de negócios e pesquisas, um dos quais, com 20 qubits, será lançado no final do ano.
O outro protótipo desenvolvido alcança 50 qubits, que será a base dos futuros sistemas da IBM Q, uma iniciativa comercial criada em maio “para fabricar computadores quânticos universais disponíveis comercialmente para os negócios e a ciência”, informa a companhia em um comunicado.
A nova máquina quântica de 20 qubits tem o dobro de tempo de coerência – quântica – com uma média de 90 microssegundos, em comparação com as gerações anteriores de processadores quânticos com uma média de 50 microssegundos. Também é projetado para a produção em escala; o protótipo de 50 qubits tem um desempenho semelhante.
Há apenas um ano e meio, a IBM lançou na ‘nuvem’ um protótipo de 5 qubits com a denominação IBM Q Experience. Há uns meses, estabeleceu um segundo dispositivo com 16 qubits. Mais de 60 mil usuários e 1,7 milhões de experimentos têm sido os resultados.
“Nosso objetivo com o IBM Q Experience e nosso programa comercial é colaborar com a nossa ampla comunidade de parceiros para acelerar o caminho para a demonstração de uma vantagem quântica para resolver problemas reais que importam”, diz Dario Gil, que lidera a divisão de Inteligência Artificial e Computação Quântica da IBM.
Os computadores quânticos não funcionam com bits, mas com qbits. Um qbit, ao ser quântico, conta com a propriedade de superposição, o que lhe dá a capacidade de ser 1 e 0 ao mesmo tempo, e, consequentemente, aumentar exponencialmente a capacidade de cálculo.