Pular para o conteúdo

Mulher considerada ‘vampira’ na Polônia é encontrada enterrada com foice para ‘impedir a ascensão dos mortos’

Traduzido por Julio Batista
Original de Katherine Tangalakis-Lippert para o Business Insider

Os restos esqueléticos de uma mulher considerada ‘vampira’ foram encontrados em um cemitério polonês do século 17 – com uma foice no pescoço para impedi-la de ressuscitar dos mortos.

O professor Dariusz Poliński, da Universidade Nicolau Copérnico, liderou a escavação arqueológica que levou à descoberta dos restos mortais, que foram encontrados usando uma touca de seda e com um dente frontal saliente, informou o Daily Mail na sexta-feira.

“A foice não foi colocada na horizontal, mas colocada no pescoço de tal forma que, se a falecida tentasse se levantar… a cabeça teria sido cortada ou ferida”, disse Poliński ao Daily Mail.

No século 11, os cidadãos da Europa Oriental relataram medo de vampiros e começaram a tratar seus mortos com rituais anti-vampiros, de acordo com a revista Smithsonian, acreditando que “algumas pessoas que morreram iriam sair do túmulo como monstros sugadores de sangue que aterrorizariam os vivos”.

Mulher ‘vampira’ com dente saliente e uma foice no pescoço. (Créditos: Mirosław Blicharski)

A ScienceAlert relatou que, no século 17, tais práticas de sepultamento “se tornaram comuns em toda a Polônia em resposta a um surto relatado de vampiros”.

“Outras maneiras de se proteger contra o retorno dos mortos incluem cortar a cabeça ou as pernas, colocar o falecido de bruços para morder o chão, queimá-los e esmagá-los com uma pedra”, disse Poliński ao New York Post.

Embora outros métodos comuns de sepultamento anti-vampiro incluíssem uma haste de metal martelada no esqueleto, os restos mortais na Polônia foram encontrados com a foice no pescoço e um pé com cadeado para contê-la.

Cadeado enrolado no dedo do pé da mulher ‘vampira’. (Créditos: Mirosław Blicharski)

O dedão do pé com cadeado preso ao pé esquerdo do esqueleto, disse Poliński ao Daily Mail, provavelmente simbolizava “o fechamento das cortinas e a impossibilidade de retornar”.

Poliński não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da Insider.

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.