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Neurocientistas melhoram a memória humana estimulando eletricamente o cérebro

Publicado na EurekAlert!

Resultados

Os neurocientistas da David Geffen School of Medicine na Universidade da Califórnia em Los Angeles, nos Estados Unidos, descobriram exatamente onde e como estimular eletricamente o cérebro humano para melhorar a lembrança das pessoas de memórias distintas. As pessoas com epilepsia que receberam pulsos elétricos de baixa corrente mostraram uma melhoria significativa em sua capacidade de reconhecer rostos específicos e ignorar os similares.

A capacidade de oito dos nove pacientes para reconhecer os rostos de pessoas específicas melhorou após receber pulsos elétricos no lado direito da área entorrinal do cérebro, o que é fundamental para a aprendizagem e a memória. No entanto, a estimulação elétrica aplicada ao lado esquerdo da região, testada em outras quatro pessoas, não resultou em nenhuma melhoria na recordação do paciente.

Fundo de conhecimento

O estudo usou como base uma pesquisa da UCLA de 2012, publicada na New England Journal of Medicine, que demonstra que a memória humana pode ser fortalecida estimulando eletricamente o córtex entorrinal do cérebro.

Método

Os pesquisadores acompanharam 13 pessoas com epilepsia que tinham fios ultrafinos implantados em seus cérebros para identificar a origem de suas convulsões. A equipe monitorou os fios para registrar a atividade neuronal à medida que as memórias eram formadas e, em seguida, enviou um padrão específico de pulsos rápidos de volta para a área entorrinal.

O uso de fios ultrafinos permitiu que os pesquisadores atingissem com precisão a estimulação, embora tenham utilizado uma voltagem tão baixa quanto um décimo a um quinto de tão forte como tinha sido usado em estudos anteriores.

Impacto

O estudo sugere que mesmo as baixas correntes de eletricidade podem afetar os circuitos cerebrais que controlam a memória e a aprendizagem humana. Ele também ilustra a importância de direcionar com precisão a estimulação para a região entorrinal direita. Outros estudos que aplicaram estimulação em uma ampla faixa do tecido cerebral produziram resultados conflituosos.

A estimulação elétrica pode ser a nova promessa para o tratamento dos distúrbios de memórias como a doença de Alzheimer.

Referência

  • TITIZ, Ali S. et al. Theta-burst microstimulation in the human entorhinal area improves memory specificity. eLife, v. 6, p. e29515, 2017.