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Nova espécie incrível de réptil do período Triássico é descoberta no Rio Grande do Sul

Traduzido por Julio Batista
Original de Bob Yirka para a Phys.org

Em seu paper publicado no Journal of Systematic Paleontology, Rodrigo Temp Müller, Mauricio Silva Garcia e André de Oliveira Fonseca descrevem o fóssil que encontraram e onde a nova espécie se encaixa no registro histórico.

Os paleontólogos trabalham há algum tempo no sítio de escavação do Rio Grande do Sul e lá encontraram um grande número de ossos de dinossauros. Durante esse tempo, poucos restos de outros répteis foram encontrados.

Assim, os pesquisadores ficaram surpresos quando encontraram um fóssil completo da perna de um antigo réptil desconhecido, junto com as configurações da pata que já foi anexada a ele. Os pesquisadores sabiam que os fósseis eram antigos; a rocha ao redor deles foi datada de 230 milhões de anos atrás – durante uma época em que os dinossauros ainda vagavam pela Terra.

A análise posterior do fóssil mostrou que ele pertencia a uma antiga classe de répteis chamada proterochampsídeos – um grupo que só havia sido encontrado na Argentina e no Brasil. Pesquisas anteriores mostraram que, apesar de terem características físicas semelhantes aos crocodilos e jacarés modernos, nenhum forte grau de parentesco foi encontrado.

Os pesquisadores também descobriram que o fóssil representava uma espécie que não havia sido vista antes, o que significava que eles poderiam nomeá-la. Eles escolheram Tenoscelida aurantiacus, um aceno para a esbeltez da perna e a cor laranja do leito rochoso em que foi encontrado.

Com base no tamanho do fóssil, os pesquisadores estimaram que a criatura teria aproximadamente 1,40 metro de comprimento e andaria de quatro. Eles também suspeitam, com base e  espécies semelhantes da época, que o réptil era carnívoro. Eles opinam que sua anatomia se prestava a uma vida perto da água, semelhante aos jacarés modernos.

Fóssil de Stenoscelida aurantiacus. (Créditos: Rodrigo Temp Müller)

Os pesquisadores observam que o fóssil estava em muito bom estado, o que permitiu identificar estruturas de pernas semelhantes a muitas das observadas em dinossauros. Os pontos de fixação muscular, apontam eles, sugerem que a criatura era muito forte.

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.