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Nova estátua Moai que ‘divinizou ancestrais’ é encontrada na Ilha de Páscoa

Traduzido por Julio Batista
Original de Laura Geggel para a Live Science

Uma estátua moai anteriormente desconhecida, um dos enormes monólitos esculpidos da Ilha de Páscoa, foi encontrada enterrada sob o leito de um lago seco, informou o Good Morning America.

A Ilha de Páscoa, também conhecida como Rapa Nui, fica a cerca de 3.540 quilômetros da costa oeste do Chile e abriga cerca de 8.000 pessoas e cerca de 1.000 estátuas moai. Ao contrário das outras estátuas, que foram encontradas por toda a ilha, inclusive nas encostas ao redor do Lago Rano Raraku, uma cratera vulcânica que fornecia grande parte da pedra vulcânica usada para fabricar as estátuas moai, este moai foi encontrada em um local inesperado: o fundo da Lago Rano Raraku. A cratera continha água doce até que as mudanças climáticas e outros fatores, como o uso humano, fizeram com que ela secasse nos últimos anos; em 2018, a água do lago quase desapareceu, de acordo com um estudo de 2021 publicado na revista PLOS One.

“Achamos que conhecemos todos os moai, mas então surge um novo, uma nova descoberta”, disse Terry Hunt, professor de arqueologia da Universidade do Arizona, EUA, especializado na história ambiental das ilhas do Pacífico, ao Good Morning America.

Outras estátuas moai ficam nas encostas do lago de cratera Rano Raraku. A estátua recém-descoberta foi encontrada enterrada no fundo do lago seco. (Créditos: lovelypeace via Getty Images)

Moai, cujos torsos estão enterrados no subsolo, são famosos por suas cabeças esculpidas e o “Pukao”, uma cobertura semelhante a um chapéu feita de uma pedra vermelha mole. Os monólitos também são enormes, com a maior estátua, chamada Moai Paro, com 10 metros de altura e pesando 82 toneladas, informou o Projeto das Estátuas da Ilha de Páscoa. A estátua recém-descoberta, no entanto, é menor do que a maioria das estátuas da ilha, de acordo com a transmissão do Good Morning America.

Os indígenas de Rapa Nui construíram as estátuas em um período de cerca de 500 anos, entre os séculos 13 e 18 d.C., relatou um estudo de 2019 na revista PLOS One.

“Eles representam os ancestrais divinizados dos habitantes das ilhas de hoje”, disse Hunt. “Eles fazem parte de uma tradição polinésia de honrar seus ancestrais.”

Pesquisadores planejam fazer datação por radiocarbono na matéria orgânica associada à estátua para que possam identificar quando a escultura foi feita, disse Salvador Atan Hito, vice-presidente da Comunidade Indígena Ma’u Henua, na transmissão.

A nova descoberta é uma enxurrada de boas notícias, já que vários moais foram danificados nos últimos anos. Em outubro, um suposto incêndio criminoso deixou várias estátuas “totalmente carbonizadas” e, em 2020, um morador danificou uma das estátuas sagradas com uma caminhonete, causando “danos incalculáveis”. Enquanto isso, o Museu Britânico tem duas estátuas moai, que os líderes Rapa Nui pediram para serem devolvidas.

Você pode aprender mais sobre o moai recém-descoberto assistindo ao relatório do Good Morning America.

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.