Por Robert F. Service
Publicado na Science
A Tesla e as outras empresas automotivas estão vendendo um número recorde de veículos elétricos (VEs). Contudo, mesmo nas estações de “supercarga”, os carros ainda precisam de até 50 minutos para recarregar as baterias. Um novo avanço pode mudar isso.
Uma estratégia para aumentar a velocidade de carregamento da bateria tem sido aumentar a temperatura da bateria durante o carregamento, o que acelera as reações químicas no interior da bateria. Contudo, manter as bateria em altas temperaturas pode causar a quebra rápida de componentes.
Agora, os pesquisadores relatam que podem evitar esse colapso e permitir o carregamento rápido se o calor for adicionado apenas por curtos períodos. Ao aquecer um dispositivo de carregamento a 60°C por apenas 10 minutos, eles foram capazes de acelerar a incorporação de íons de lítio em camadas de grafite que compõem o ânodo (como mostrado na representação artística acima), a etapa principal na recarga da bateria. Se ampliados, isso permitirá que eles adicionem 320 quilômetros de autonomia às baterias convencionais de íon-lítio, reportaram os pesquisadores na revista Joule. As baterias aquecidas também eram estáveis, capazes de passar por 1700 ciclos de carga e descarga com pouca degradação.
O próximo passo, de acordo com os pesquisadores, é procurar reduzir pela metade o tempo de carregamento, adicionando eletricidade suficiente para alimentar um VE em apenas 5 minutos.