Parece um tema meio aleatório, eu sei, mas tive a ideia de fazer este post após postar uma matéria sobre o tema no Facebook e me dar conta de que muitos aspectos deste gás são meio nebulosos (trocadilho não intencional). Acho importante sabermos que o ozônio pode ser tanto um herói quanto um vilão, só para dar um exemplo. Entenda um pouco mais sobre este gás e suas consequências para a vida na Terra.
O que é o Ozônio?
Ozônio é um gás composto de 3 átomos de oxigênio (O3), muito falado sobre o quanto sua falta é prejudicial para o ser humano. Mas a verdade é que o Ozônio é pode ser tanto nosso amigo, quanto nosso inimigo, dependendo de onde ele se encontra.
O ozônio pode ser formado de 2 maneiras:
1 – Naturalmente, na estratosfera (camada superior da atmosfera), onde a luz ultravioleta do sol quebra moléculas de oxigênio (O2), separando-as em átomos separados, que se ligam a outras moléculas de oxigênio.
2 – Artificialmente, na troposfera, como resultado da poluição do ar e emissão de gases como o Óxido Nitroso (NOx) e compostos orgânicos voláteis (VOC), que são o resultado da queima de gasolina e carvão. A troposfera é a camada da atmosfera com o qual a vida mantém contato direto. O NOx e o VOC combinam-se quimicamente com o oxigênio para formar ozônio durante dias ensolarados de altas temperaturas no final da primavera, verão e começo do outono. Geralmente, os altos níveis de ozônio são formados no calor da tarde e começo da noite, dissipando-se durante as noites mais frias.
O ozônio tem uma característica fundamental que ajudou a garantir a evolução da vida na terra: bloquear a luz ultravioleta do sol, que se recebêssemos em sua força total, você nem sequer estaria lendo esse texto. Por isso se leva tanto a sério o chamado buraco na camada de ozônio. Mas o ozônio também é tóxico, o que significa que a exposição direta a ele é prejudicial ao ser humano (e a outros seres vivos também).
Por isso o ozônio é indispensável na estratosfera (para nos proteger da luz ultravioleta), mas prejudicial na troposfera (região onde entramos em contato com o gás). Por isso, é fundamental ser responsável no que se refere a emissão de gases provenientes da queima de combustíveis.
Efeitos do ozônio na biologia
Quando se inala ozônio, ele passa pelo aparelho respiratório e, como é muito corrosivo, danifica os bronquíolos e os alvéolos em seus pulmões, que são importantes para a troca de gases. A exposição repetida pode inflamar os tecidos dos pulmões e causar infecções respiratórias e pode agravar condições respiratórias preexistentes, como a asma, reduzir o funcionamento dos pulmões e a capacidade de fazer exercícios. Pode também causar dores no peito e tosse. As crianças pequenas e os idosos são mais suscetíveis aos altos níveis de ozônio encontrados durante o verão.
Além dos efeitos nos seres humanos, a natureza corrosiva do ozônio pode danificar plantas e árvores. Altos níveis de ozônio podem destruir colheitas e vegetação.
Algumas formas de ajudar a reduzir a poluição por ozônio:
– Limite a utilização de seu veículo durante a tarde e as primeiras horas da noite;
– Não utilize equipamentos para cortar grama movidos a gasolina;
– Não acenda fogueiras ou churrasqueiras nas épocas mais poluídas;
mantenha o motor de seu veículo ou barco regulado
– Certifique-se que os pneus estão calibrados corretamente;
– Utilize tintas, produtos de limpeza e de escritório ambientalmente seguros (alguns destes produtos químicos são fontes de VOC);
– Poupe eletricidade.
(fonte: How Stuff Works)
Buraco na Camada de Ozônio
Para entender o que é um “buraco” na camada de ozônio, é preciso entender, em primeiro lugar, o que é a camada de ozônio. A camada de ozônio corresponde à região da atmosfera onde há maior concentração de moléculas de ozônio. Ela fica na estratosfera, região da atmosfera situada entre 15 e 50 km de altitude, o que faz com que essa camada seja como um gigantesco “filtro solar” natural. A camada se forma nessa área da atmosfera por que é lá que se encontram as condições ideais para o gás se formar naturalmente.
No final da década 1970 foi descoberta uma queda acentuada no ozônio estratosférico na região Antártica durante a primavera austral. É este fenômeno que conhecemos como “buraco de ozônio”. Ou seja, não é realmenteum “buraco” literal, e sim uma rarefação da concentração desse gás em regiões específicas. Se você pensar na camada de ozônio como um filtro que é mais eficiente com certa espessura, fica fácil entender. Se ele ficar mais fino, começa a ficar cada vez menos eficiente em filtrar os raios ultravioleta.
Esta queda (do buraco na camada de ozônio) persiste até os dias de hoje e tem ocorrido devido a injeção de compostos de cloro, como os clorofluorcabonetos (também chamados de CFCs), que quando atingem a estratosfera, liberam o átomo de cloro que destrói as moléculas de ozônio. Esta descoberta levou ao estabelecimento do Protocolo de Montreal, iniciado em 1987, que impôs o fim da produção e comercialização dos principais CFCs. A matéria a que me referi no começo deste post se refere à descoberta de novos tipos de CFC na atmosfera atual. Confira aqui.
Fontes/Para saber mais:
Indicadores Da Qualidade Do Ar
A camada de ozônio
Atmosfera em transformação: o ozônio e os CFCs, certezas e incertezas.