Pular para o conteúdo

Pfizer anuncia que sua vacina contra a COVID-19 tem 100 por cento de eficácia em adolescentes

Traduzido por Julio Batista
Original de para a Science News Magazine

A vacina contra a COVID-19 da Pfizer e da BioNTech provou ser altamente eficaz em adultos. Agora parece funcionar bem também em pessoas mais jovens.

Em um ensaio clínico de Fase III com jovens de 12 a 15 anos de idade, os participantes que receberam a vacina desenvolveram níveis mais elevados de anticorpos contra o coronavírus, em média, em comparação com os vacinados de 16 a 25 anos de um ensaio anterior. E esses níveis de anticorpos constituem uma vacina com alta eficácia. Nenhum dos 1.131 adolescentes vacinados desenvolveu sintomas de COVID-19. Houve 18 casos de COVID-19 entre os 1.129 jovens do grupo não vacinado, informou a Pfizer em um comunicado à imprensa em 31 de março.

Essa eficácia de 100 por cento, com base em um pequeno número de casos em geral, pode diminuir um pouco com o prosseguimento dos testes, porque casos adicionais podem aparecer. Mesmo assim, os resultados apontam para uma vacina que funciona bem em adolescentes.

A notícia é “incrível e muito empolgante”, disse Colleen Kelley, médica em doenças infecciosas da Universidade Emory, em Atlanta (EUA), que ajudou a conduzir um teste com a vacina contra a COVID-19 da Moderna, em uma conversa com repórteres. Embora a Pfizer ainda não tenha divulgado todos os dados do ensaio, a proteção dos adolescentes “vai percorrer um longo caminho para acabar com a pandemia”, disse ela. Isso porque crianças com menos de 12 anos parecem ter menos probabilidade do que crianças mais velhas de se infectar com o coronavírus e transmiti-lo a outras pessoas.

Os efeitos colaterais da injeção em jovens de 12 a 15 anos foram semelhantes aos observados na faixa etária de 16 a 25 anos, disse a empresa. O efeito colateral mais comum em participantes mais velhos foi dor no local da injeção, seguido por fadiga e dor de cabeça.

A Pfizer planeja enviar os dados para a Food and Drug Administration dos EUA, bem como para a Agência Europeia de Medicamentos, o mais rápido possível para solicitar que suas autorizações de uso emergencial sejam alteradas para que as vacinações possam ser expandidas para maiores de 12 anos.

Na semana passada, a Pfizer começou a testar sua vacina em crianças de 6 meses a 11 anos. A Moderna iniciou um teste de sua vacina em crianças com idades semelhantes na semana passada, e a AstraZeneca lançou um teste de sua vacina em crianças de 6 a 17 anos em fevereiro.

Os especialistas em doenças infecciosas estão otimistas de que as vacinas podem estar prontas para crianças já no verão do hemisfério norte.

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.