Por Passant Rabie
Publicado na Live Science
Uma equipe internacional de astrônomos descobriu o planeta utilizando o Satélite de Levantamento de Exoplanetas em Trânsito (TESS) da NASA, no início deste ano na constelação de Hydra, a cerca de 31 anos-luz da Terra, de acordo com uma declaração da NASA. (Um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano, cerca de 6 trilhões de milhas ou 10 trilhões de quilômetros).
Os astrônomos acreditam que o exoplaneta, chamado GJ 357 d, tem aproximadamente duas vezes o tamanho da Terra e seis vezes a massa do nosso planeta. Localizado na borda externa da “zona habitável” de sua estrela mãe, os cientistas acreditam que essa super-Terra poderia ter água em sua superfície.
“Se o planeta tiver uma atmosfera densa, que estudos futuros podem determinar, ele poderia reter calor suficiente para aquecer o planeta e permitir a entrada de água líquida em sua superfície”, disse em um comunicado Diana Kossakowski, pesquisadora do Instituto Max Planck de Astronomia em Heidelberg, Alemanha, e coautora do estudo recente.
O planeta potencialmente habitável e outros dois mundos vizinhos, foram encontrados orbitando em torno de uma estrela anã, com cerca de um terço do tamanho e da massa do nosso Sol e 40% mais frio. TESS notou que a luz que vem dessa pequena estrela escurece levemente a cada 3,9 dias – uma pista de que um exoplaneta pode estar transitando em sua face.
Esse mundo é GJ 357 b, uma “Terra quente”, que orbita 11 vezes mais perto de sua estrela mãe do que Mercúrio com o Sol e, provavelmente, tem uma temperatura de superfície de cerca de 490° Fahrenheit (254° Celsius).
Mas o planeta vizinho possivelmente habitável de GJ 357 b logo roubou a cena. Outras observações mostraram que o GJ 357 d orbita sua estrela a cada 55,7 dias a uma distância de cerca de um quinto da distância da Terra em relação ao Sol, e poderia ter condições semelhantes à da Terra, de acordo com um comunicado da Universidade Cornell.
“Nós construímos os primeiros modelos do que esse novo mundo pode ser”, relatou em um comunicado Jack Madden, doutorando em Cornell e coautor do estudo. “Só de saber que a água líquida pode existir na superfície desse planeta motiva os cientistas a encontrar maneiras de detectar sinais de vida.
O outro planeta no sistema, GJ 357 c, é pelo menos 3,4 vezes mais massivo do que a Terra e orbita a estrela a cada 9,1 dias. GJ 357 c provavelmente tem uma temperatura de superfície de cerca de 260° Fahrenheit (127° C), disseram os funcionários da NASA.
A equipe espera em breve poder procurar sinais de vida no exoplaneta com futuros telescópios.
O estudo foi publicado em 31 de julho na revista Astronomy and Astrophysics.