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Por que cada corpo celeste no espaço é esférico? Quais forças fazem com que tudo gire e se torne esférico?

Publicado no Quora

Você quer dizer “esférico” como esse corpo celeste?

Ou esse?

Ou estes dois?

Eu poderia continuar. O fato é que quase todos os corpos celestes em nosso Sistema Solar, incluindo o intruso que está na primeira imagem, estão longe de serem esféricos. No entanto, todos os corpos grandes são esféricos. Bem, há uma dica sobre o que está fazendo com que os corpos se tornem esféricos: a gravidade. Especificamente, quando a gravidade da superfície é forte o suficiente para superar a resistência estrutural do material do corpo (tipicamente alguma forma de rocha), e puxa-a para uma forma esférica (ou, mais frequentemente, elipsoidal).

A União Astronômica Internacional classifica um planeta anão como um corpo em equilíbrio hidrostático com suficiente auto-gravidade interna para puxá-lo para uma forma elipsoidal. Existem cerca de 38 corpos em equilíbrio hidrostático no sistema solar, e provavelmente cerca de 100 ou mais são descobertos ou reclassificados. Mas essa quantidade é muito pequena comparada a um total de milhões de asteroides. Existem pelo menos 1,9 milhão de asteroides de mais de 1 km de comprimento e milhões de asteroides menores.

Então, quão grande um planeta anão precisa ser? Isso depende parcialmente da estrutura, é claro – uma gota de água naturalmente formará uma esfera, não importa quão pequena ela seja – mas para algo sólido… bem, o maior corpo celeste dentre os pequenos que não detinha o status de planeta anão é Vesta, que possui 525 km de dimensão média, tem uma massa de 2.6×10^20 kg (cerca de 1/20.000 da massa da Terra), é quase esferoidal e tem uma gravidade superficial de .025 g.

Em contraste, Ceres é um planeta anão com um raio de 473 km, uma massa de 9.4×10^20 kg e uma gravidade superficial de .029 g, apenas um pouco maior do que a de Vesta.

Quanto a por que tudo está girando: todo corpo celeste é um acúmulo de corpos menores, principalmente do tamanho de manchas de pó, que ao longo de éons tornaram-se gravitacionalmente ligadas a um único corpo celeste. Cada mancha de poeira teve algum movimento em relação ao corpo e, portanto, algum momento angular em relação ao corpo. O momento angular é uma quantidade conservada, e assim o corpo gira.

Ruan Bitencourt Silva

Ruan Bitencourt Silva