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Tratamentos farmacológicos para impotência sexual masculina e feminina

Uma breve introdução

É sabido que homens e mulheres possuem problemas relacionados ao desejo sexual. Mais conhecido em homens, os problemas de impotência sexual causam constrangimento, vergonha e até mesmo infelicidade conjugal. Além dos problemas com a libido e a disfunção erétil, a infertilidade também afeta o planejamento familiar de muitas pessoas.Erectile dysfunctions

Mas o texto aqui enfoca a questão da impotência sexual, que pode ser enfrentada com técnicas diversas, sobretudo a terapia psicológica, e em nível orgânico, com o auxílio de medicamentos disponíveis no mercado.

No sexo masculino

Como se pode imediatamente imaginar, a dificuldade de ter e manter a ereção se constitui de um grande empecilho à vida sexual do homem. Obviamente não se trata de reduzir a vida sexual à função fisiológica do órgão genital, tampouco incentivar esse pensamento, mas culturalmente o pênis e a ereção se constituem na principal maneira do homem realizar o sexo e sentir prazer.

Opções disponíveis no mercadoviagra

O Viagra (citrato de sildenafila) se tornou sinônimo popular de medicamento para a disfunção erétil. Descoberto em quando começou a ser aplicado na clínica cardiológica. Era um remédio para o coração, porque age no mecanismo de contração cardíaca. Um dos efeitos colaterais consistia em provocar ereções prolongadas nos pacientes, conhecidas como priapismo. Surgiu na década de 90, teve essa reviravolta comercial e acabou se tornando um sucesso maior do que na clínica cardiológica.

Artigo sobre o histórico e o impacto do Viagra

comprecialisAlternativamente, visando especificamente esta fatia do mercado, surgiu o Cialis (tadalafila), um medicamento que também provoca este efeito. Os dois são empregados para o tratamento de hiperplasia benigna da próstata (HBP), quando acontece um aumento não maligno no tamanho da próstata – calma, não é câncer!

A HBP provoca o intumescimento da próstata, o medicamento age ao regular o fluxo sanguíneo local. Um sinal que indica a existência de HBP é o aumento na frequência de idas ao banheiro, portanto, fique alerta!

E no sexo feminino?

Neste caso, não há este tipo de problema relacionado à circulação. Mas como sabemos, a natureza da sexualidade feminina envolve fatores diferenciados. E assim nos perguntamos: qual o problema da impotência na mulher?

A menopausa, que consiste na redução dos hormônios sexuais femininos e na interrupção do ciclo menstrual regular, acontece com as mulheres que estão vivendo a meia-idade e é varíavel quanto ao seu início. É um dos principais problemas clínicos vividos por mulheres na faixa dos 40 até 50 anos de idade, o que acaba envolvendo o período conhecido como pré-menopausa.

Opção disponível no mercadoaddyi

O Addyi (flibanserin) foi aprovado em 2015 pela Food and Drug Administration (FDA), o órgão que regulamenta a liberação de medicamentos para o mercado dos EUA. Seu mecanismo consiste em atuar na chamada desordem do desejo sexual hipoativo (em inglês, HSDD), que como sugere, prejudica o desejo da mulher pelo sexo.

Artigo (2016) sobre a aprovação do flibanserin

Parecer da FDA sobre o medicamento

Seu mecanismo envolve o agonismo no receptor de serotonina, isto é, ele age diretamente sobre o receptor 5-HT1A. Entretanto, a aprovação do medicamento se deu apenas para o grupo estudado, que comprovadamente sofre desta desordem. Seus efeitos colaterais devem ser avaliados, pois há risco de causar, dentre outras coisas, sonolência e hipotensão.

Advertências:

Todo medicamento deve ser prescrito por um profissional de saúde capacitado. Procure sempre um(a) farmacêutico(a) ou médico(a) e oriente-se com o apoio da equipe de enfermagem. Não use por sua conta, pois pode levar a sérios prejuízos à saúde.

Nenhum medicamento está isento de causar efeitos adversos.

Estas drogas podem causar problemas graves se consumidas com álcool, que é um depressor do sistema nervoso central.

Pedro H. Costa

Pedro H. Costa

Bacharel em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Atuo desde 2012 no Centro de Estudos e Pesquisas sobre Álcool e outras Drogas, pela mesma instituição. Interessado em saúde, educação, ciência e filosofia. Faça uma pergunta: ask.fm/phcs91