Do que depender do neurocientista norte-americano Kenneth Hayworth, os entusiastas por computador, tablet, ipad e demais aparelhos desta linha podem ganhar um motivo para morrerem tranquilos. O profissional, ex-pesquisador de pós-doutorado pela Universidade de Harvard e presidente da Fundação de Preservação do Cérebro (BPF), acredita ser possível ressuscitar pessoas e transferi-las… ao mundo virtual! Você pode conferir essa proposta a partir do 30º minuto do episódio “Podemos ressuscitar entre os mortos?” do documentário Through the Wormhole.
https://www.youtube.com/watch?v=uiRuG6c1WhY
O processo é “simples”. O cérebro da pessoa seria retirado após sua morte e fatiado em um tamanho assustadoramente pequeno: 40 mil vezes mais fino que um fio de cabelo. Essas porções seriam digitalizadas milhões de vezes por um feixe de íons. Após extrair as informações contidas nesses pedaços, as mesmas seriam copiadas e inseridas em um computador.
A tecnologia para mapear essas pequenas porções de cérebro, segundo o Dr. Hayworth, já existe. Contudo, haveria ao menos dois imensos entraves ao desenvolvimento do projeto. Primeiro: necessidade de investimentos bilionários. Segundo: compreender minuciosamente toda a estrutura do cérebro, de modo que, durante o processo de “virtualização”, não houvesse qualquer comprometimento ao órgão. Para se ter uma noção, o cérebro humano possui mais de 100 bilhões de neurônios e 100 trilhões de sinapses.
Hayworth garante ainda que dentro de 100 anos esse processo de “upload” será tão comum quanto uma cirurgia ocular a laser é atualmente.
Logicamente nunca devemos subestimar o potencial da ciência. Parte considerável das soluções tecnológicas presentes em nossos dias pareciam loucura à grande maioria das pessoas, até mesmo da comunidade científica, em um passado nada remoto. Mas, convenhamos: o êxito do projeto do doutor Kenneth soa, ao menos neste instante, como uma probabilidade tão ínfima quanto aquela fatia de cérebro 40 mil vez mais fina que um fio de cabelo.