A estrela mais misteriosa de nossa galáxia.
O padrão de oscilação de brilho emitido por uma estrela chamada KIC 8462852 têm causado repercussão. Esses padrões ocorrem em períodos regulares e são comuns. Eles geralmente têm uma explicação simples, como por exemplo, a passagem de um planeta. No entanto, no caso dessa estrela, que está a uma distância de 1,5 mil anos-luz, o esmaecimento durava até 80 dias e ocorria em intervalos aleatórios, o que causou um enorme estranhamento dos observadores, devido a isso, inúmeras hipóteses foram propostas para explicar o evento.
Teríamos descoberto uma megaestrutura alienígena nas profundezas do espaço?
Todas as hipóteses foram dadas como insuficientes, exceto pela possível grande cadeia de asteroides, arrancados da órbita dessa estrela incomum por outra estrela. Sendo eles suficientes, causariam o padrão de brilho incomum. Porém, o curto período de tempo torna essa hipótese uma extraordinária coincidência.
Esse padrão de brilho não se apresenta igual em nenhuma das 150 mil estrelas.
A última hipótese que deve ser considerada é a de vida extraterrestre, mas isso parece ser algo de se esperar que uma civilização extraterrestre possa construir. Mas que tipo de civilização seria capaz de construir algo assim? E o que pode ser esse objeto?
Quando procuramos por vida extraterrestre não procuramos por homenzinhos verdes.
A causa da oscilação do brilho da estrela KIC 8462852 poderia ser uma Esfera de Dyson. Na busca por vida extraterrestre procuramos por civilizações do tipo 1, 2 e 3. Esse conceito é dado pela Escala de Kardashev. Uma civilização que possuísse a tecnologia de construir uma estrutura dessas seria do tipo 2. De acordo com essa escala, uma civilização do tipo 2 é estrelar. Trata-se de de uma civilização capaz de controlar toda a energia emitida por uma estrela. As de tipo 3 são dadas como galáticas e seriam capazes controlar toda a energia de uma galáxia podendo até mesmo utilizar a energia de buracos negros. Por último, as de tipo 1. Essas seriam são civilizações verdadeiramente planetárias, capazes absorver toda a energia que atinge o seu planeta e abastecer as máquinas e suas cidades com essa energia; controlar toda as formas de energia, terremotos e vulcões e até mesmo modificar o clima. Mas esses não somos nós, então, onde estaríamos nessa escala?
Nós somos tipo zero.
Sim, tipo 0. Isso é o quão primitivo somos. Obtemos energia de material fóssil; óleo e carvão. Carl Sagan tentou melhorar um pouco esse cenário, seríamos na verdade uma civilização do tipo 0,7. É possível calcular em quanto tempo podemos atingir o nível de uma civilização tipo 1. Estima-se que em torno de 100 anos poderemos atingir o nível de uma civilização do tipo 1. Isso seria uma civilização capaz de controlar toda a energia do planeta. Já existem várias evidências em nosso cotidiano, como por exemplo a internet. A internet seria um tipo de comunicação do tipo 1, ou seja, planetário. Os blocos econômicos, a União Européia, NAFTA, Mercosul, seriam o início de uma economia do tipo 1.
A transição não será fácil. Uma civilização do tipo 1 é: científica, multicultural, e tolerante, porque são globais.
Existem forças opostas ao nosso desenvolvimento. E elas seriam contrárias a todos esses valores. Ou seja, grupos que perpetuam preconceito, intolerância e crenças religiosas. Os conhecidos grupos terroristas do oriente médio seriam definição perfeita disso, por terem base religiosa e uma cultura intolerante.
Ainda há esperança
O planeta gera 3% mais energia a cada ano. Isso quer dizer que estamos cada vez mais próximos de atingir o status de tipo 1. Segundo Carl Sagan, num período de aproximadamente 100 anos, a energia absorvida por nossas tecnologias seriam comparáveis ao total de luz solar que atinge a Terra, esse é o ponto em que nos tornaremos tipo 1.
E para igualarmos à civilização do tipo 2, – a da Esfera de Dyson?
Isso seria alcançável em aproximadamente 1000 anos. A transição mais perigosa é entre o tipo 0 e o tipo 1. Portanto, a nossa geração é a mais importante que existe. Fica evidente que os valores cultivados por cada indivíduo formam uma relação intrínseca ao desenvolvimento. Será que conseguiremos?
Referências:
- Andersen, R. (2015). The most mysterious star in our galaxy. The Atlantic.
- Michio, K. (2008). Types of Civilizations. YouTube.