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Posso pegar COVID-19 nadando em piscinas?

Recentemente, temos observado que a COVID-19 pode ser transmitida por meio de gotículas que são ejetadas para o ar e outros compartimentos. O novo coronavírus (SARS-CoV-2) pode sobreviver no ar durante 3 horas, enquanto no aço inoxidável, ele pode ficar até 3 dias.

Nesse contexto, muitas pessoas têm o hábito de praticar atividade física na água e também se divertir em piscinas. Em vista disso, muitos se preocupam com a possibilidade de se infectar pelo SARS-CoV-2.

De acordo com uma entrevista recente da prof. Karin B. Michels, presidente do Departamento de Epidemiologia da UCLA: “Não há dados de que alguém tenha sido infectado dessa maneira (com coronavírus)”.

“Não posso dizer que é absolutamente 100% de risco zero, mas posso lhe dizer que nunca me ocorreria pegar COVID-19 de uma piscina ou do oceano”, disse Paula Cannon, professora de microbiologia molecular e imunologia na Escola de Medicina Keck da USC. “É improvável que isso aconteça”.

A cientista da equipe da Surfrider Foundation, Katie Day, escreveu: “Os coronavírus semelhantes ao SARS-CoV-2 demonstraram permanecer viáveis ​​e infecciosos, pelo menos temporariamente, em ambientes naturais de água doce, incluindo lagos e córregos”. Mas os cientistas dizem que não têm certeza se é possível que os humanos contraiam a COVID-19 dessa maneira.

Mesmo que fosse teoricamente possível, “não estou preocupado com o oceano e os grandes lagos”, disse Michels. “O efeito da diluição é tão grande que eu não acho que exista o risco de alguém ser infectado dessa maneira”.

Cannon disse: “Você provavelmente teria que beber o lago inteiro para obter uma dose infecciosa do coronavírus”.

Se você está sozinho em uma piscina, lago ou mar, Cannon disse: “É muito mais provável você se afogar do que pegar COVID”.

Referências

Vitor Engrácia Valenti

Vitor Engrácia Valenti

Graduado em Fisioterapia pela UNESP/Marília. Doutorado em Ciências pela UNIFESP com Sandwich na University of Utah. Pós-Doutor em Fisiopatologia pela USP e Livre-Docente pela UNESP/Marília. É Prof. Adjunto de Fisiologia e Morfofisiopatologia na UNESP/Marília. Membro do corpo editorial da Scientific Reports, da Frontiers in Physiology, da Frontiers in Neuroscience e da Frontiers in Neurology. Coordenador do Centro de Estudos do Sistema Nervoso Autônomo. Contato: vitor.valenti@unesp.br