Traduzido por Julio Batista
Original de Fiona MacDonald para o ScienceAlert
Se você ainda está curioso sobre o primeiro lançamento de imagens coloridas do Telescópio Espacial James Webb (JWST, na sigla em inglês), você não está sozinho. Esta semana fomos agraciados com a revelação da primeira imagem, logo seguida por outras quatro novas imagens que mostram o nosso Universo em detalhes nunca antes vistos – e mal conseguimos parar de olhar para eles.
Mas há um detalhe muito importante que perdemos à primeira vista!
Localizado furtivamente no canto superior esquerdo das imagens da Nebulosa do Anel Sul, está o que parece um raio de luz – mas na verdade é uma visão lateral de uma galáxia.
“Fiz uma aposta que dizia ‘é parte da nebulosa'”, disse o astrônomo da NASA Karl Gordon durante a revelação da imagem, como informa o Business Insider. “Perdi a aposta, porque então analisamos com mais cuidado as imagens NIRCam [Câmera de infravermelho próximo] e MIRI [Instrumento de infravermelho médio], e é muito claramente uma galáxia vista na lateral”.
Não apenas parece legal, mas essa perspectiva deve permitir que os astrônomos estudem como as estrelas são distribuídas por toda a galáxia.
Caso você tenha perdido ontem, o que você está vendo são ondas espetaculares de morte estelar na Nebulosa do Anel Sul – uma enorme nuvem de poeira e gás localizada a cerca de 2.000 anos-luz de distância.
Há duas estrelas em seu centro. A mais fraca é uma anã branca – o núcleo colapsado de uma estrela morta – que, durante a sua vida, tinha até oito vezes a massa do Sol.
Chegou ao fim de sua vida, explodiu suas camadas externas e o núcleo colapsou em um objeto ultradenso: até 1,4 vezes a massa do Sol compactada em um objeto do tamanho da Terra.
Pela primeira vez, o JWST foi capaz de revelar que esta estrela está envolta em poeira.
A estrela mais brilhante está em um estágio inicial de sua evolução e um dia explodirá em sua própria nebulosa.
À esquerda, a câmera de infravermelho próximo do JWST revela hidrogênio laranja borbulhante de expansões recém-formadas, bem como uma névoa azul de gás ionizado quente do núcleo aquecido remanescente da estrela morta.
À direita, na imagem capturada pelo instrumento de infravermelho médio do JWST, os hidrocarbonetos azuis formam padrões semelhantes ao laranja na imagem anterior, porque se acumulam na superfície dos anéis de poeira de hidrogênio.
Você pode ler mais sobre as imagens da Nebulosa do Anel Sul no site da NASA.