Por Yasemin Saplakoglu
Publicado na Live Science
Arqueólogos descobriram recentemente um banheiro privativo de 2.700 anos dentro dos restos de uma antiga propriedade real em Jerusalém. É um achado raro, já que há milhares de anos fazer o número 2 em banheiros era um luxo apenas para a elite.
Anteriormente, banheiros privativos eram “encontrados em poucos locais em Israel e Jerusalém”, disse Yaakov Billig, arqueólogo e diretor da escavação em nome da Autoridade de Antiguidades de Israel, em um vídeo no YouTube.
“Este é um achado muito raro porque é algo que só os ricos tinham”.
O banheiro é esculpido em pedra calcária, com um assento confortável e um orifício no meio, “portanto, quem quer que tenha sentado lá teria ficado muito confortável”, acrescentou Billig.
O banheiro, que ficava acima de uma fossa séptica, foi encontrado dentro de uma cabana retangular que teria servido como o antigo banheiro.
O banheiro também continha de 30 a 40 tigelas, disse Billig ao Haaretz. Ele especulou que as tigelas podem ter sido usadas para conter um ambientador, na forma de um óleo de cheiro agradável ou incenso.
Os arqueólogos coletaram amostras de ossos de animais e cerâmica, bem como do solo encontrado na fossa séptica abaixo, na esperança de aprender sobre o estilo de vida, dietas e doenças da época.
Dentro do assentamento, os arqueólogos também descobriram pedras ornamentadas que foram esculpidas para vários fins, como capitéis de pedra – pequenos pedaços ornamentados de pedra que formam o topo das colunas – ou molduras de janelas e grades, disse Billig no vídeo. Perto do banheiro, Billig e sua equipe descobriram evidências de um jardim repleto de árvores ornamentais, árvores frutíferas e plantas aquáticas.
Todas essas relíquias ajudam os pesquisadores a recriar a imagem de uma mansão “extensa e exuberante”, segundo o comunicado. Os arqueólogos descobriram os restos da antiga mansão na esplanada Armon Hanatziv, em Jerusalém, há dois anos, e as escavações continuam.
Era “provavelmente o palácio de um dos reis do Reino da Judeia”, disse Billig no vídeo.
Esta não é a primeira vez que arqueólogos se interessam pelos hábitos sanitários dos povos antigos.
O registro arqueológico contém alguns indícios do que nossos ancestrais teriam usado como papel higiênico milhares de anos antes que os rolos de Neve e Duetto enchessem as prateleiras do Extra.
Acontece que os povos antigos tinham uma ampla variedade de soluções, de espigas de milho a neve, para limpar suas partes, relatou a Live Science anteriormente.