Por Kelly Mayes
Publicado na Science
Em um esforço para criar um robô mais forte e flexível, os pesquisadores estão se voltando às criaturas minúsculas, mas poderosas do mundo: insetos. Especificamente, baratas. Os cientistas começaram a observar baratas quando estavam sendo esmagadas para entender como esses pequenos insetos sorrateiros conseguem se espremer através de rachaduras apertadas e suportar cargas pesadas (como o esmagamento de um pé humano). Agora, os pesquisadores dizem que desenvolveram um robô que reflete os movimentos dessas criaturas tenazes.
Com uma perna, em forma de lâmina, e impulsionado por uma corrente alternada, esse novo robô se move com um movimento de salto semelhante a uma barata a uma velocidade de 20 comprimentos de corpo por segundo (acima). O roachbot tem 10 milímetros de comprimento e é feito de materiais flexíveis que geram uma carga elétrica em resposta a forças externas.
Para testar a velocidade, a força e a flexibilidade do roachbot, os pesquisadores colocaram uma série de pesos e objetos nele e cronometraram a velocidade com que ele se movia ao longo de uma régua. Eles descobriram que o robô é capaz de subir 7,5° a uma velocidade de sete comprimentos do corpo por segundo, transportar cargas de até seis vezes seu próprio peso e suportar o peso de um pé humano adulto, aproximadamente 1 milhão de vezes mais pesado que o próprio robô, os pesquisadores relataram hoje na Science Reports. O roachbot é o único entre robôs duros com um exoesqueleto flexível, mas forte – a maioria dos outros são feitos de partes rígidas e se movem lentamente e desajeitadamente como resultado.
Os cientistas dizem que, como esses robôs aprendem a se mover de forma mais eficiente, eles poderiam se tornar especialistas em exploração ambiental e socorro em desastres. Quem iria imaginar que essas pragas se tornariam tão úteis?