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Autoridades egípcias descobriram 13 caixões completamente lacrados de 2.500 anos

Por Michelle Starr
Publicado na ScienceAlert

Um esconderijo incomum de, pelo menos, 13 caixões de madeira datados de 2.500 anos atrás foi descoberto na necrópole do deserto de Sacará, no Egito.

O que torna esses caixões tão especiais entre os milhares enterrados no complexo de tumbas é o fato de que permaneceram intactos por milênios e ainda estão completamente lacrados – centenas de anos após a morte das pessoas que jazem neles.

De acordo com o recém-criado Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, os caixões foram encontrados em uma cova de sepulturas a 11 metros abaixo do solo, empilhados uns sobre os outros. Estão tão bem preservados que até algumas cores pintadas na madeira ainda estão intactas. Uma análise inicial descobriu que os caixões provavelmente foram lacrados assim que foram enterrados.

Dentro da cova funerária, três vasos decorativos lacrados também foram encontrados. O ministro Khaled Al-Anani disse que é provável que haja mais caixões na cova a serem descobertos.

Crédito: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito.

Acredita-se que Sacará tenha servido como uma necrópole de Mênfis, que já foi a capital do antigo Egito. Por 3.000 anos, os egípcios enterraram seus mortos ali; por conta disso, tornou-se um local de muito interesse arqueológico.

Não são apenas a nobreza do alto escalão e os oficiais que estão enterrados lá, com seus pertences, suas cártulas, seus animais mumificados e suas tumbas detalhadamente decoradas. Esses são mais prováveis de serem encontrados, já que os enterros para eles foram mais elaborados – mas as escavações recentes revelaram enterros mais simples, provavelmente de pessoas da classe média ou trabalhadora.

Mesmo os túmulos dos ricos não estão imunes às influências externas. Ao longo dos milênios, muitos desses túmulos foram saqueados. Portanto, encontrar um esconderijo de caixões que não foram violados e abertos por todo esse tempo significa que há a possibilidade de haver sepulturas intocadas dentro deles.

Crédito: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito.

Dado que os caixões são feitos de madeira e foram enterrados em um local seco, a possibilidade de que haja algum líquido estranho preservado dentro dele é provavelmente muito baixa.

Os antigos bens em potencial dos túmulos, entretanto, não podiam apenas nos dizer quem foi enterrado, mas o quão importante eles eram. A descoberta provavelmente aumentará ainda mais nossa compreensão sobre os antigos costumes funerários egípcios.

Os nomes e as identidades das pessoas enterradas nos caixões ainda não foram descobertos. Mas, com a continuidade das escavações no local, essa informação deve ser encontrada em breve, assim como o número total de caixões enterrados na cova.

Enquanto isso, o Ministério está pronto para lançar uma série de vídeos promocionais sobre a descoberta – o primeiro vídeo com um ar de filme de aventura você pode assistir no Twitter e apresenta uma música ao estilo Indiana Jones, finalizando com um suspense sobre um anúncio futuro.

O Egito reabriu o turismo cultural a museus e sítios arqueológicos em 1º de setembro, então provavelmente podemos esperar mais anúncios do Ministério nos próximos dias e semanas, conforme o governo trabalha para renovar o interesse do turista em visitar as antiguidades egípcias.

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.