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Como funciona o teste de gravidez?

Esse texto foi escrito por Josikwylkson Costa Brito e adaptado por Julio Batista
Baseado no vídeo homônimo do Josikwylkson em seu canal 

Tem gente que vê o resultado positivo como a melhor coisa da vida, tem gente que vê como a pior coisa da vida. Sim, estamos falamos do teste de gravidez. Mas, ao invés de pensar no resultado, por que não pensamos qual a substância que o teste mede? E por que ele mede essa substância?

Claro, eu acho que ninguém iria pensar isso num momento de desespero.

Mas supondo que você está aí, com a menstruação regular e quer saber como é que as coisas funcionam.

O teste de gravidez convencional mede o beta-HCG.

Entender o ciclo menstrual é a base para entender o funcionamento do beta-HGG (saiba mais aqui). Existe uma estrutura no ovário chamada de folículo, que aumenta de tamanho durante a primeira fase da menstruação e produz um óvulo em seu interior. Quando ele se rompe, ocorre a ovulação e começa a segunda fase da menstruação. O que sobra dele após a ovulação forma uma estrutura chamada de corpo lúteo.

Esse corpo lúteo produz estrógeno e progesterona que vão manter o endométrio grosso e maduro, pronto para receber o zigoto que corresponde ao óvulo após ter sido fecundado. Se não houver fecundação, o corpo lúteo vai se degenerar, parar com a produção do estrógeno e da progesterona e,  por consequência, o endométrio para de ser estimulado. Então ele, que está grosso e bem maduro, começa a se descamar, originando a menstruação.

Mas e se houver fecundação?

Esse é o mistério.

O corpo lúteo produz estrógeno e progesterona, e esses são hormônios essenciais durante a gravidez. Se você pegar a palavra progesterona, dá para pensar em “pró” como sendo “a favor”, e “gesterona” como sendo “gestação”. Ou seja, a favor da gestação. As coisas ficam mais óbvias quando a gente destrincha a palavra.

Se não há fecundação, o corpo lúteo se degenera. Se houver fecundação, ele se mantém. Lógica simples. Mas por quê? Quando o zigoto é formado por meio da fecundação, ele se implanta ao endométrio que estava sendo preparado, por meio de um processo chamado de nidação.

Então, ele começa a se transformar em várias estruturas, para a formação do embrião e, depois, do bebê em si. No meio desse caminho, ele começa a produzir um hormônio chamado de beta-HCG.

A função do beta-HCG é manter o corpo lúteo funcionando, é impedir que ele se degenere. Enquanto houver beta-HCG, há corpo lúteo. E isso é importante justamente para deixar o endométrio do jeito que ele está e preparado para uma gestação.

Então, aquele teste de farmácia serve para saber se tem beta-HCG no corpo ou não, porque se tiver, quer dizer que houve fecundação, que o zigoto se implantou e que uma gravidez está começando.

Também tem como medir os níveis de beta-HCG no sangue, mas isso acontece em virtude de algumas outras situações, como gravidez ectópica, mola etc. Porém, são tópicos para explicações futuras.