Traduzido por Julio Batista
Original de Bob Yirka para o Phys.org
Uma equipe de pesquisadores do Reino Unido, Canadá e Estados Unidos encontrou evidências sugerindo que depois que os dinossauros foram extintos, os mamíferos que permaneceram começaram a crescer e cresceram mais rápido – e também morreram jovens. Em seu paper publicado na revista Nature, o grupo descreve seu estudo de Pantolambda – um membro de um clado (pantodontes) que incluía uma série de mamíferos que começaram a prosperar após o desaparecimento dos dinossauros.
Aproximadamente 66 milhões de anos atrás, os dinossauros terrestres foram extintos após um grande impacto de um asteroide no que hoje é o Golfo do México. No vazio deixado para trás, outras criaturas, como mamíferos, começaram a prosperar.
Pesquisas anteriores sugeriram que os mamíferos apareceram pela primeira vez há aproximadamente 210 milhões de anos. Mas por causa dos dinossauros, eles realmente não prosperaram. Eles permaneceram pequenos – quase tão grandes quanto um gato doméstico moderno – e muitos só saíam à noite. Após o evento de impacto de Chicxulub, levou algum tempo para que as criaturas que sobreviveram recuperassem o equilíbrio. Mas assim que o fizeram, os mamíferos logo começaram a assumir um papel mais proeminente. Um desses animais, o Pantolambda, se saiu particularmente bem. Apenas 4 milhões de anos após o desaparecimento do dinossauro, ele cresceu em tamanho ao de uma ovelha moderna. Nesse novo esforço, os pesquisadores examinaram mais de perto vários espécimes de Pantolambda para aprender mais sobre a criatura e talvez como os mamíferos se tornaram tão dominantes.
(Créditos das imagens: G Funston)
Os pesquisadores estudaram os dentes fossilizados dos espécimes. Cada um foi cortado em fatias muito finas e depois estudado para aprender mais sobre sua configuração. Tal estudo pode revelar informações sobre a história de seu dono original, como quanto tempo ficou no útero, o que comeu ao longo de sua vida e quanto tempo viveu.
Os pesquisadores descobriram que Pantolambda tinha uma gestação de aproximadamente sete meses – tempo suficiente para o feto se desenvolver em um bebê que poderia sobreviver quase sozinho logo após o nascimento (já tinha dentes). Os pesquisadores descobriram que eles amamentaram apenas por um mês ou dois. Eles também descobriram que as criaturas rapidamente cresceram e não viveram muito – apenas 10 anos.
Os pesquisadores sugerem que essas características deram às criaturas a melhor chance de sobrevivência, permitindo que elas sobrevivessem à infância e depois se reproduzissem o mais rápido possível – pistas que podem ajudar a explicar como os mamíferos se tornaram tão dominantes nos anos seguintes.