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Evidências não sugerem ligação da vacina da AstraZeneca a coágulos, diz agência reguladora britânica

Traduzido por Julio Batista
Original da BBC News

As pessoas ainda devem tomar a vacina contra a COVID, apesar de vários países da UE pausarem o uso da vacina da Oxford-AstraZeneca em meio a preocupações com coágulos sanguíneos, disse a agência reguladora de medicamentos do Reino Unido.

A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido disse que as evidências “não sugerem” que a vacina cause coágulos.

Mas a Organização Mundial da Saúde afirma que não há razão para parar de aplicá-la.

Autoridades holandesas disseram que a medida foi preventiva após relatos da Dinamarca e da Noruega sobre efeitos colaterais, incluindo coágulos sanguíneos.

A fabricante AstraZeneca disse que não há evidências de uma ligação entre os dois.

O Dr. Phil Bryan, líder de segurança de vacinas da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA), disse que as pessoas “ainda deveriam ir buscar a vacina contra a COVID-19 quando solicitadas”.

“Estamos revisando os relatórios de perto, mas dado o grande número de doses administradas e a frequência com que os coágulos sanguíneos podem ocorrer naturalmente, a evidência disponível não sugere que a vacina seja a causa.”

O professor Andrew Pollard, diretor do grupo de vacinas de Oxford, disse que havia “enormes riscos” da COVID e que a vacinação salvou vidas.

“É absolutamente crítico que continuemos a vacinar as pessoas e tenhamos o equilíbrio de um enorme risco – um risco conhecido da COVID – contra aquilo que parece tão distante dos dados que recebemos dos reguladores – nenhum sinal de relação com esses problemas.”

Ele acrescentou que há “evidências muito reconfortantes de que não há aumento no fenômeno de coágulos sanguíneos aqui no Reino Unido, onde a maioria das doses na Europa foram administradas até agora”

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que está realizando uma análise dos incidentes de coágulos sanguíneos, disse que os benefícios da vacina continuam a superar os riscos.

A EMA disse que, até 10 de março, havia apenas 30 relatos de coágulos entre quase cinco milhões de pessoas que receberam a vacina em toda a Europa.

A República da Irlanda, Bulgária, Dinamarca, Noruega e Islândia pausaram seu uso, assim como a Tailândia.

A Itália e a Áustria pararam de usar certos lotes do imunizante como medida de precaução.

Autoridades de saúde na Irlanda do Norte disseram que continuarão a usar a vacina.

A médica-chefe da AstraZeneca, Ann Taylor, disse que o número de casos de coágulos sanguíneos relatados é menor do que as centenas de casos que seriam esperados entre a população em geral.

Cerca de 17 milhões de pessoas na UE e no Reino Unido receberam uma dose da vacina da Oxford-AstraZeneca, disseram os fabricantes.

A AstraZeneca disse que sua revisão não encontrou evidências de um risco aumentado de embolia pulmonar, trombose venosa profunda ou trombocitopenia, em qualquer grupo de idade, sexo, lote ou em qualquer país em particular.

A Dra. Taylor disse: “a natureza da pandemia levou a uma maior atenção em casos individuais e estamos indo além das práticas padrão de monitoramento de segurança de medicamentos licenciados ao relatar eventos relacionados a vacinas, para garantir a segurança pública.”

Mais de 24 milhões de pessoas no Reino Unido receberam a primeira dose de uma das vacinas contra o coronavírus, de acordo com dados do governo.

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.