Pular para o conteúdo

Impressionante nova foto da NASA revela lava brilhando como brasa em uma lua de Júpiter

Traduzido por Julio Batista
Original de Paola Rosa-AquinoMorgan McFall-Johnsen para o Business Insider

A espaçonave Juno da NASA capturou uma imagem infravermelha da lua de Júpiter, Io, a 80.000 quilômetros de distância.

Na imagem, tirada em 5 de julho e divulgada na quarta-feira, você pode ver as formas de fluxos de lava e lagos de lava como pontos vermelhos brilhantes.

“Você pode ver pontos críticos de vulcanismo. Conseguimos monitorar ao longo da missão principal – mais de 30 órbitas – como eles mudam e evoluem”, disse Scott Bolton, investigador principal da espaçonave Juno da NASA, em um evento para a imprensa no Reunião de Outono da União Geofísica Americana na quarta-feira.

A missão Juno da NASA capturou uma visão infravermelha de Io em julho. (Créditos: NASA/JPL-Caltech/SwRI/ASI/INAF/JIRAM)

Io é o lar de centenas de vulcões, descobriu a NASA. Surpreendentemente, os cientistas encontraram mais regiões vulcânicas na região polar do que na região equatorial da lua, disse Bolton.

A sonda espacial Juno orbita Júpiter desde 2016. Depois de estudar o gigante gasoso, Juno sobrevoou pela lua Ganímedes de Júpiter em 2021 e por Europa no início deste ano.

A espaçonave explorou novamente Io, que a NASA diz ser o “lugar mais vulcânico do Sistema Solar”, em 15 de dezembro. É o primeiro de nove sobrevoos que Juno planejou para o próximo ano e meio.

Os cientistas esperam reunir mais dados sobre os vulcões da lua e seu magnetismo – que jogam um “cabo de guerra” para formar as auroras de Júpiter – enquanto ela sobrevoa.

“Enquanto observamos os vulcões mudarem e ficarem ativos e menos ativos, eles estão dirigindo a gigantesca magnetosfera monstruosa de Júpiter”, disse Bolton na quarta-feira.

Auroras são exibições coloridas de luz que não são exclusivas da Terra. Júpiter tem as auroras mais brilhantes do Sistema Solar, de acordo com a NASA.

Tanto na Terra quanto em Júpiter, as auroras ocorrem quando partículas carregadas, como prótons ou elétrons, interagem com o campo magnético – conhecido como magnetosfera – que envolve um planeta. O campo magnético de Júpiter é cerca de 20.000 vezes mais forte que o da Terra.

Os dados e percepções que Juno coleta podem ajudar a embasar futuras missões para estudar as luas de Júpiter, como a missão Clipper da NASA, que investigará se Europa poderia suportar vida.