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Veja o que acontece quando um satélite queima na atmosfera da Terra

Por Victor Tangermann
Publicado no Futurism

Satélites derretidos

Cientistas do Centro Aeroespacial Alemão (DLR) simularam o que acontece quando um satélite queima na atmosfera da Terra.

Dentro de uma câmara de teste especial chamada túnel de vento de plasma LK3 na Alemanha, os cientistas observaram o que aconteceria quando um Solar Array Drive Mechanism (SADM; em tradução livre: Mecanismo de Propulsão por Matriz Solar), a parte mais volumosa de um satélite com a tarefa de manter seus painéis solares apontados para o Sol, queimasse durante a reentrada.

As temperaturas do gás que está sendo lançado no interior do túnel a vários quilômetros por segundo podem atingir até 7.000 Kelvin, ou mais de 6.650 graus Celsius – o suficiente para queimar o satélite em um incrível show de luzes.

Graças ao volume considerável da peça, corre o maior risco de se transformar em um pedaço de lixo espacial potencialmente perigoso, vagando livremente pela órbita da Terra.

Todos os esforços para minimizar a quantidade de lixo que acabam em órbita são mais importantes do que nunca, já que as empresas privadas planejam povoar o céu noturno com constelações compostas por dezenas de milhares de satélites. Projetar satélites para queimar na atmosfera após a aposentadoria é nossa melhor aposta para garantir que nada seja deixado para trás.

Alumínio adequado

Graças à pesquisa do DLR, os cientistas têm uma boa ideia sobre como ajustar a “desmembrabilidade” de um satélite. Por exemplo, o derretimento do SADM mostrou que a mudança para um alumínio de ponto de fusão mais baixo poderia “promover uma fragmentação anterior, em maior altitude”, de acordo com uma relatório de imprensa sobre o experimento.

Em outras palavras, os testes servem a um propósito importante além de parecer incrível na câmera: garantir que a órbita da Terra não seja perigosamente obstruída por lixo espacial.

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.