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Como desmascarar sete argumentos mais comuns de antivacinas com a ciência

Publicado na Science As Fact

O número de pessoas contra as vacinas – também conhecidas como antivacinas – parece estar crescendo a cada ano.

Então, há alguma verdade no medo generalizado de vacinas? Na verdade, não.

Um novo vídeo do AsapSCIENCE (ver abaixo, com legendas em português) desmascarou e desconstruiu completamente os argumentos antivacinação mais comuns.

Agora, da próxima vez que encontrar um antivacina, você estará totalmente preparado e armado com os fatos.

1. As vacinas contêm produtos químicos “perigosos” como MSG, anticongelantes, fenol, formaldeído, alumínio e chumbo.

Embora seja verdade que muitas vacinas contêm produtos químicos como mercúrio, alumínio e formaldeído, as doses são tão pequenas que as substâncias não são consideradas tóxicas.

“É a dose que forma o veneno, e as doses dos produtos químicos nas vacinas são insignificantes”, explica o vídeo da AsapSCIENCE.

Por exemplo, as vacinas contêm pequenas quantidades de alumínio para ajudar a tornar as injeções mais eficazes. No total, o alumínio presente chega ao máximo de cerca de 0,125 mg por dose, o que é muito menos do que a média de 30 a 50 mg que o ser humano consome todos os dias.

E embora o mercúrio usado nas vacinas também seja insignificante, ele foi removido de quase todas as vacinas infantis em 2001, após os agentes de saúde ouvirem a opinião pública.

2. O sistema imunológico de uma criança não precisa se “desenvolver naturalmente”.

Longe de enfraquecer o sistema imunológico, as vacinas na realidade fortalecem o sistema imunológico. As vacinas introduzem uma forma enfraquecida de vírus no corpo para que o sistema possa aprender a identificar e se defender contra infecções futuras.

Para jovens e idosos, fortalecer o sistema imunológico com uma vacina é particularmente importante. Por exemplo, as crianças devem receber vacinas para infecções perigosas em uma idade jovem, porque é quando seus sistemas imunológicos são mais suscetíveis.

3. As vacinas não causam alergias.

Em 1997, as pessoas começaram a questionar se as vacinas seriam a causa de alergias, mas pesquisas robustas mostram que as vacinas têm exatamente o efeito oposto: elas protegem você das alergias.

4. “Essas doenças nem são tão perigosas. Se você está com sarampo, qual é a pior coisa que pode acontecer?”

As vacinas têm sido tão eficazes que impediram a morte de milhões de pessoas e impediram outros milhões de deficiências físicas permanentes.

Por exemplo, na década de 1960, a varíola foi responsável por milhões de mortes, mas apenas duas décadas depois ela foi completamente erradicada devido a uma campanha persistente de vacinação.

5. As vacinas não causam autismo.

Na década de 1990, foi publicado um artigo que encontrou uma ligação entre o autismo e a vacina contra sarampo, caxumba e rubéola (MMR). O estudo foi posteriormente comprovado como fraudulento depois de vários estudos abrangentes e de longo prazo.

Além disso, 10 dos 13 autores do artigo original agora o refutaram e se retrataram de suas declarações originais.

6. “As pessoas deveriam ter a opção de vacinar porque a escolha afeta apenas você”.

Errado. As vacinas não apenas protegem você, mas também ajudam outras pessoas a se manterem saudáveis ​​ao seu redor – especialmente, idosos, jovens e pessoas que não podem ser vacinadas, como as que estão fazendo quimioterapia.

Isso é chamado de imunidade coletiva, e afeta a saúde de todos – não apenas a sua.

7. “É tudo uma conspiração e uma grande indústria farmacêutica está secretamente tentando nos matar”.

É claro que as empresas farmacêuticas ganham dinheiro com as vacinas, mas isso não significa que as vacinas sejam ruins para você. Nos Estados Unidos, entre 1994 e 2013, as vacinas criaram uma economia líquida de US$295 bilhões em custos diretos e US$1,3 trilhão em custos sociais.

E embora seja verdade que alguns tratamentos farmacêuticos foram retirados do mercado por causa de efeitos colaterais imprevistos, as vacinas são algumas das substâncias mais altamente regulamentadas que podemos colocar em nossos corpos. Nos EUA, pode demorar de 10 a 25 anos para que apenas uma vacina seja aprovada e, mesmo depois de estar no mercado, ela continua a ser observada com atenção.

Na verdade, a chance de você ter uma reação à vacina MMR é de uma em um milhão, o que é dez vezes menos provável do que morrer por um raio. As probabilidades estão claramente a seu favor – então, vacine-se!

Julio Batista

Julio Batista

Sou Julio Batista, de Praia Grande, São Paulo, nascido em Santos. Professor de História no Ensino Fundamental II. Auxiliar na tradução de artigos científicos para o português brasileiro e colaboro com a divulgação do site e da página no Facebook. Sou formado em História pela Universidade Católica de Santos e em roteiro especializado em Cinema, TV e WebTV e videoclipes pela TecnoPonta. Autodidata e livre pensador, amante das ciências, da filosofia e das artes.