“O xadrez destrói diferenças. É
muito mais do que um jogo. É uma linguagem internacional com
a qual as pessoas podem se
entender.” — Judit Polgár
Pouco tempo após a sua estreia, O Gambito da Rainha se transformou na minissérie mais vista da Netflix, com 62 milhões de reproduções nos primeiros 28 dias. A série, baseada no romance homônimo do escritor americano Walter Tevis, acompanha a vida de Beth Harmon – uma extraordinária prodígio do xadrez, amante da moda e viciada em calmantes – em sua jornada do orfanato ao Campeonato Mundial de Xadrez e os obstáculos que ela supera para se tornar não apenas uma boa jogadora, mas a melhor.
Embora a série não seja baseada em eventos reais, há três irmãs que podem entender o que Beth Harmon passou: Susan, Sofia e Judit Polgár. O trio estourou no cenário internacional do xadrez na década de 1980, esmagando o domínio masculino do jogo quando eram apenas adolescentes. Judit, a irmã caçula, foi a que mais se destacou, e até hoje é amplamente considerada a melhor jogadora de todos os tempos. Nesse artigo, você vai conhecer um pouco mais da trajetória histórica da enxadrista húngara, suas semelhanças com Beth Harmon e suas experiências no mundo sexista do xadrez.
Gênios não nascem, são feitos
“Gênios não nascem, são feitos”. Essa ideia, defendida pelo pai da famosa enxadrista, marcaria o destino das irmãs Susan, Sofia e Judit. László Polgár sempre defendeu que as crianças são capazes de conquistas excepcionais quando recebem uma educação especializada desce cedo. Ele e sua esposa Klára, ambos pedagogos, educaram suas três filhas em casa, em uma cidade na Hungria, e uma das coisas que ensinaram às meninas, foi a jogar xadrez. As três não demoraram a mostrar ótimas habilidades para o jogo e após algum tempo de treino já começaram a participar de torneios. Tanto Susan quanto Sofia conquistaram títulos importantes no mundo do xadrez (Grande Mestre e Mestre Internacional); no entanto, a irmã caçula, Judit, foi a que mais se destacou.
Durante o processo de aprendizagem, Judit e suas irmãs tiveram de enfrentar muitos jogadores profissionais, convidados pelos pais para desafiá-las. Uma noite, durante uma partida entre Susan e um Mestre Internacional, houve uma espécie de impasse e os dois tiveram de acordar Judit para pedir ajuda. Ainda um pouco sonolenta, a filha mais nova deu a resposta que eles buscavam e voltou para a cama, deixando todos impressionados com sua inteligência e seu preparo para o jogo. Com apenas cinco anos, Judit venceu um amigo da família sem sequer olhar para o tabuleiro. Aos sete, ela e sua irmã Sofia (então com nove) competiram de olhos vendados e venceram dois mestres, e ainda reclamaram que seus oponentes eram lentos demais. Quando completou nove anos, Judit jogou seu primeiro torneio nos Estados Unidos e aos 12 conquistou o título de Mestre Internacional, a enxadrista mais jovem da história a realizar essa façanha. Nessa idade, ela ainda estava abraçando seu ursinho enquanto brincava.
Apesar de seguir os passos de suas irmãs mais velhas, Judit ainda enfrentava uma grande quantidade de sexismo. Quando ela tinha 13 anos, o campeão mundial Garry Kasparov disse à Sports Illustrated que a natureza trabalharia contra ela, “e muito em breve”. “Ela tem um talento fantástico para o xadrez, mas, afinal de contas, é uma mulher”, disse ele. “Tudo se resume às imperfeições da psique feminina. Nenhuma mulher pode sustentar uma batalha prolongada”. Uma década depois, depois de perder uma partida para ela, Kasparov mudou de ideia. “As irmãs Polgár mostraram que não há limitações inerentes à sua aptidão – uma ideia que muitos jogadores do sexo masculino se recusaram a aceitar até que foram esmagados sem cerimônia por uma garota de 12 anos com um rabo de cavalo”.
Bela e fera: um tigre no tabuleiro de xadrez
Assim como Beth, Judit se destacava por um estilo de jogo agressivo, se esforçando para maximizar a iniciativa e ativamente buscando complicações táticas. Garry Kasparov, ao se referir ao jogo de Polgár, declarou que “se ‘jogar como uma garota’ significasse alguma coisa no xadrez, significaria agressão implacável”. Descrevendo uma partida contra Polgár, o ex-campeão americano Joel Benjamin disse: “Foi uma guerra total por cinco horas. Eu estava totalmente exausto. Ela é um tigre no tabuleiro de xadrez. Ela tem um instinto absolutamente assassino. Você comete um erro e ela vai direto na sua garganta”. David Norwood, um Grande Mestre britânico que também perdeu para ela na época, a descreveu como “um monstro fofo de cabelos castanhos que me esmagou”.
Judit era uma menina em um mundo de homens adultos e não faltou quem subestimasse seu poder. Seu comportamento tranquilo e modesto durante as partidas contrastava com a intensidade de suas jogadas. Um jornalista chegou a escrever sobre seus olhos “assassinos”: “A íris é tão cinza, tão escura, que quase não se diferencia das pupilas. O contraste com o cabelo ruivo gera um efeito surpreendente”. Judit tinha apenas 12 anos quando entrou para a lista dos 100 melhores enxadristas do mundo e 15 quando se tornou Grande Mestre, a mais jovem da história até então. Em 1997, o Grande Mestre Robert Byrne escreveu no New York Times: “Há muito tempo há um debate sobre quem é o jogador mais forte de todos. Candidatos proeminentes são Bobby Fischer, Garry Kasparov, José Raul Capablanca, Alexander Alekhine ou Emanuel Lasker. Mas não há discussão sobre a maior jogadora: ela é Judit Polgár, de 21 anos”.
A rainha que destronou o rei
Na série, o grande rival que Beth luta para vencer é o enxadrista soviético Vasily Borgov. Judit enfrentou (e venceu) grandes jogadores, mas as partidas contra Garry Kasparov, um dos maiores jogadores da história do xadrez, são as mais famosas e interessantes. Polgár e Kasparov sempre tiveram uma relação estremecida. Tudo começou em Linares, em 1994, quando Kasparov realizou uma jogada proibida, voltando o cavalo de um lance perdedor, mesmo já tendo largado a peça no tabuleiro.
Judit, com apenas 17 anos, não disse nada, pois não queria brigar com o campeão mundial e tinha medo de sua reclamação ser recusada. Ela acabou perdendo a partida, um duro golpe emocional que acabou por afetar muitos jogos que vieram depois. Algo semelhante acontece com Beth, após uma derrota contra Borgov na série. Um vídeo da partida comprovou a irregularidade e, ainda durante o torneio, Judit tirou satisfações com Kasparov, que se limitou a afirmar publicamente que estava com a consciência tranquila.
Mas os embates entre os dois ainda teriam outros capítulos e o sempre polêmico Kasparov até mesmo se utilizou do fato de Polgár ser uma mulher para menosprezar sua ascensão, chegando a dizer que o lugar de uma mulher era cuidando dos filhos. Judit teve sua vingança em setembro de 2002. No torneio que colocou a Rússia contra o resto do mundo, Polgár o derrotou.
Kasparov, que jogou com as pretas e usou a Defesa Berlim, acabou caindo na própria armadilha: Judit usou uma linha de jogo que Kasparov havia usado no passado e conseguiu uma vantagem de dois peões a mais, o que fez com que Kasparov acabasse abandonando a partida. Foi a primeira vez na história do xadrez que a número um feminina venceu oficialmente o número um masculino.
À procura da nova Beth Harmon
Em 2004, Judit decidiu dar um tempo com o xadrez para ter o primeiro filho. Enquanto isso, sua irmã, Susan, voltou a competir e se transformou na melhor enxadrista do mundo. Judit voltou no ano seguinte e seus resultados a colocaram na oitava posição entre os melhores do mundo (incluindo homens e mulheres). Em 2006, Judit teve o segundo filho e mais uma vez se retirou das competições. Algum tempo depois, ela afirmou que “comparado à maternidade, o xadrez é como férias” e decidiu voltar aos jogos, pois eles eram parte fundamental de sua vida.
Judit se aposentou das competições em 2014, mas não do mundo do xadrez; ela escreveu uma série de livros para crianças e sua irmã Sofia ficou encarregada das ilustrações. Além disso, criou a Judit Polgár Chess Foundation e lutou para que o xadrez fosse colocado como parte do plano de estudos nacional na Hungria. Segundo ela, o jogo desperta importantes habilidades nas crianças, entre as quais, a resolução de problemas e o pensamento estratégico. Seu programa de treinamento para crianças em idade pré-escolar e primária se afirmou, e atualmente integra o currículo nacional das escolas húngaras. Em 2024, as Olimpíadas de Xadrez se realizam em sua cidade natal, a capital Budapeste, e Judit já tem uma jovem talentosa em vista para o torneio: Kata Karácsonyi, primeiro lugar no ranking mundial dos menores de 14 anos.
Um exemplo para futuras “Judites”
Para muitas pessoas, o legado de Judit Polgár é bastante simples – ela é a melhor mulher a já jogar xadrez na história. Mas o que ela fez e o que ela continua a fazer pelo jogo é muito maior do que isso. Judit destruiu a noção de que as mulheres simplesmente não podiam competir com os melhores enxadristas do mundo. Ela provou que não existe xadrez feminino ou xadrez masculino: existe apenas xadrez. Além disso, seu estilo tático e agressivo no tabuleiro é tão inspirador que as pessoas acreditam que a tendência das mulheres de jogar xadrez de forma agressiva se deve apenas ao estilo de Polgár.
Seria um erro pensar em Judit Polgár apenas como a maior jogadora de xadrez de todos os tempos. Seus jogos por si só resistem ao teste do tempo e continuarão a influenciar as gerações de homens e mulheres que virão. Judit ainda tem muita sabedoria enxadrística para compartilhar com o mundo, como seus trabalhos como professora, escritora e embaixadora do xadrez já nos demonstraram.
A arrogância dos reis
Até hoje se mantém a crença, sobretudo entre os profissionais do sexo masculino, de que as mulheres simplesmente não estão à altura dos homens. Nos anos 1970, o ex-campeão mundial Bobby Fischer dizia que as mulheres são “fracas” e “burras” demais para os xadrez. Kasparov chegou a declarar em 1989: “O xadrez não combina com as mulheres. As mulheres, por natureza, não são enxadristas excepcionais: não são grandes lutadoras”. Kasparov, que esteve envolvido na produção de O Gambito da Rainha como consultor especializado, até voltou atrás em sua declaração, mas tais opiniões continuam muito difundidas no mundo enxadrístico.
O Gambito da Rainha reproduz com muito realismo a linguagem corporal, os movimentos, até mesmo as jogadas. No entanto, a série não tematiza suficientemente os aspectos sombrios da condição feminina no mundo do xadrez. Os homens sempre confrontam a ambiciosa Beth Harmon com respeito e reconhecimento, e sem qualquer piada sexista, mas, na verdade, é muito mais difícil para as mulheres se destacarem em um ambiente como esse.
Muitas vezes os oponentes masculinos de Judit não conseguiam admitir ter perdido para uma mulher. Não era raro Judit ter que escutar comentários como “você não é nada mal para uma garota”, e subterfúgios do gênero “eu estava num dia ruim”. Haviam jogadores que se negavam a lhe dar a mão e um deles chegou a bater a cabeça no tabuleiro após ser derrotado.
Um xeque-mate no sexismo
Embora O Gambito da Rainha não faça rodeios ao descrever as lutas de Beth para superar o sexismo inerente ao esporte, a série também postula que uma campeã feminina pode ser abraçada em todo o mundo, com Beth amada por fãs apaixonados em todos os lugares, de Paris a Moscou. Ao escrever o romance, Tevis vislumbrou um futuro mais brilhante para o xadrez, onde o respeito pudesse ser concedido às jogadoras e a igualdade governasse um dia.
A história de Beth pode ser ficção, mas isso não significa que não existam mulheres reais que possam dominar o esporte. Na verdade, existem atualmente 38 mulheres classificadas como Grande Mestres, e não há como dizer quantas mais estão em formação. Quem sabe, o sucesso mundial de O Gambito da Rainha venha a inspirar o surgimento de novas “Judites” e causar, de vez, um xeque-mate no sexismo enxadrístico.
Alguns feitos notáveis da carreira de Judit Polgár (1976):
Aos 12 anos e 3 meses, tornou-se o mais jovem Mestre Internacional até então, quebrando o recorde anteriormente detido pelo ex-campeão mundial Bobby Fischer.
Aos 12 anos e 4 meses, tornou-se a pessoa mais jovem até hoje a ser medalhista de ouro em uma Olímpiada de Xadrez, ao conquistar três medalhas de ouro na Olímpiada de Tessalônica em 1988.
Aos 12 anos e 6 meses, tornou-se a a mais jovem jogadora número um do mundo e a mulher mais jovem até hoje a entrar na lista de classificação dos 100 melhores jogadores da FIDE, ocupando a 55º posição no ranking FIDE de janeiro de 1989.
Aos 15 anos e 5 meses, venceu o Campeonato Húngaro de Xadrez de 1991 e tornou-se o mais jovem Grande Mestre até então, quebrando o recorde anteriormente detido pelo ex-campeão mundial Bobby Fischer.
Aos 16 anos, derrotou o ex-campeão mundial Boris Spassky em um match de exibição, por um placar de 5½ a 4½ (3 vitórias, 5 empates e 2 derrotas).
Aos 18 anos, venceu o Torneio Magistral de Madrid de 1994 sem perder uma partida sequer, ficando à frente de nove dos mais fortes Grandes Mestres da época, entre eles Alexei Shirov, Gata Kamsky, Valery Salov, Evgeny Bareev e Ivan Sokolov.
Aos 19 anos, tornou-se a primeira, e até hoje única, mulher a ser classificada entre os dez melhores jogadores do mundo, ocupando a 10º posição no ranking FIDE de janeiro de 1996.
Aos 21 anos, derrotou o campeão mundial FIDE da época Anatoly Karpov em um match de xadrez de “ação” (30 minutos por jogo), por um placar de 5 a 3 (2 vitórias, 6 empates e nenhuma derrota).
Aos 22 anos, tornou-se a primeira, e até hoje única, mulher a vencer o Campeonato Aberto de Xadrez dos Estados Unidos, dividindo o primeiro lugar da edição de 1998 com o Grande Mestre americano Boris Gulko.
Aos 23 anos, venceu o Torneio Japfa Classic de 2000, um dos torneios mais fortes já realizados na Ásia, sem perder uma partida sequer, ficando à frente de nove dos mais fortes Grandes Mestres da época, entre eles Anatoly Karpov, Jan Timman, Alexander Khalifman, Yasser Seirawan e Gilberto Milos.
Aos 24 anos, venceu o Festival de Xadrez Miguel Nadjorf de 2000 sem perder uma partida sequer, ficando à frente de oito dos mais fortes Grandes Mestres da época, entre eles Anatoly Karpov, Nigel Short, Rafael Leitão e Gilberto Milos.
Aos 26 anos, tornou-se a primeira, e até hoje única, mulher a vencer uma partida contra um jogador número um do mundo, derrotando Garry Kasparov no match entre a Rússia e o Resto do Mundo, em setembro de 2002.
Aos 29 anos, tornou-se a primeira, e até hoje única, mulher a competir pelo título mundial absoluto, ao disputar a fase final do Campeonato Mundial de Xadrez FIDE de 2005.
É a primeira, e até hoje única, mulher a ultrapassar 2700 pontos de rating, atingindo uma classificação de pico de 2735 pontos nos rankings FIDE de julho e outubro de 2005 e ocupando a 8º posição nos rankings FIDE de abril, julho e outubro de 2005.
É a primeira, e até hoje única, mulher a vencer o Campeonato Mundial Juvenil Absoluto de Xadrez, nas categorias Sub-12 (em 1988) e Sub-14 (em 1990).
É a única mulher a derrotar onze atuais ou ex-campeões mundiais no xadrez clássico: Magnus Carlsen, Anatoly Karpov, Garry Kasparov, Vladimir Kramnik, Boris Spassky, Vasily Smyslov, Veselin Topalov, Viswanathan Anand, Ruslan Ponomariov, Alexander Khalifman e Rustam Kasimdzhanov.
Foi a jogadora número um do mundo de janeiro de 1989 até 13 de agosto de 2014, quando se aposentou das competições oficiais.
Foi campeã olímpica cinco vezes e conquistou oito medalhas gerais: 5 de ouro, 2 de prata e 1 de bronze.
Após a sua derrota para Nona Gaprindashvili na Olimpíada de Novi Sad em 1990, permaneceu 22 anos sem perder uma partida clássica de xadrez para uma jogadora feminina, até ser derrotada por Hou Yifan no Festival Internacional de Xadrez de Gibraltar de 2012.
Alguns feitos notáveis da carreira de Elizabeth “Beth” Harmon (1948):
Aos 10 anos, derrotou todos os doze membros do clube de xadrez da Duncan High School em partidas simultâneas.
Aos 14 anos, venceu o Campeonato Estadual de Xadrez de Kentucky de 1963, derrotando jogadores fortíssimos como Townes (1724 pontos de rating), Sizemore (2050 pontos de rating) e Beltik (2150 pontos de rating e campeão estadual da época).
Aos 15 anos, venceu o Torneio de Cincinnati de 1963, derrotando na final o fortíssimo Mestre Americano Rudolph.
Aos 17 anos, foi vice-campeã do Mexico City Invitational de 1966, derrotando os fortíssimos Grandes Mestres Georgi Girev (da União Soviética), Octavio Marenco (da Itália) e Diedrich (da Áustria).
Aos 18 anos, venceu o Campeonato de Xadrez dos Estados Unidos de 1967, derrotando na final o fortíssimo Grande Mestre Benny Watts (campeão americano da época).
Aos 19 anos, foi vice-campeã do Paris Invitational de 1967, derrotando os fortíssimos Mestres Internacionais A. Bergland (da Noruega), P. Darga (da França), S. Malovicz (da Iugoslávia) e R. Uljanov (da União Soviética).
Aos 20 anos, venceu o Moscow Invitational de 1968, derrotando todos os Grandes Mestres mais fortes do mundo – Hellstrom (da Suécia), Duhamel (da França), Flento (da Itália), Laev e Shapkin (da União Soviética) – e dois campeões mundiais – Luchenko (ex-campeão mundial) e Borgov (campeão mundial da época), ambos da União Soviética.
Entre a primeira partida do Campeonato Estadual de Xadrez de Kentucky de 1963 e a final do Campeonato de Xadrez dos Estados Unidos de 1966, permaneceu três anos seguidos sem perder uma partida sequer, até ser derrotada pelo campeão americano Benny Watts.
De novembro de 1963 a dezembro de 1966, perdeu apenas três partidas oficiais: a final do Campeonato de Xadrez dos Estados Unidos de 1966 (para Benny Watts) e as finais do Mexico City Invitational de 1966 e do Paris Invitational de 1967 (para Borgov).
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