“Quando os homens perdem contra mim, é porque sempre estão com dor de cabeça ou algo do tipo. Eu nunca derrotei um homem completamente saudável!” — Susan Polgár
Quando se trata da verdadeira rainha do xadrez – e não da fictícia prodígio do xadrez, amante da moda e viciada em calmantes Beth Harmon – Susan Polgár é uma Grande Mestre exemplar. Duas décadas depois que Beth Harmon enfrentou o fictício campeão soviético Vasily Borgov em Moscou, Susan Polgár se tornou a primeira mulher a se qualificar para o ciclo do Campeonato Mundial Masculino de Xadrez em 1986, quando tinha apenas 17 anos. Mas a ascensão de Susan, nascida na Hungria, não foi tão fácil nem tão cordial como a descrita na minissérie. Desde o momento em que começou a competir quando era criança, empoleirando-se em almofadas para alcançar o tabuleiro, Susan presenciou homens e meninos questionando sua presença em torneios.
Quando ela era adolescente, o seis vezes campeão dos Estados Unidos Walter Browne, cerca de 20 anos mais velho que ela, jogou as peças de xadrez em sua direção quando perdeu. Sua vida como prodígio do xadrez foi repleta de intimidação física, abuso emocional e mental e, conforme ela crescia, avanços sexuais indesejados. Uma constante em sua carreira eram as dúvidas, mesmo por parte dos apoiadores, de que uma mulher pudesse competir com os homens no mais alto nível. Nesse artigo, você descobrirá como Susan usou todas as barreiras sexistas que enfrentou como combustível para se motivar a se provar nos tabuleiros de xadrez. Ela o fez jogando contra homens – algumas décadas mais velhos – quando poucas outras jogadoras o faziam.
A família Polgár: genialidade em três irmãs
Susan Polgár nasceu em uma frase que hoje parece quase dramática: “atrás da Cortina de Ferro”. Na década de 1970, essa barreira era muito real, mesmo na culta Budapeste. Viagens, conversas e comércio eram tratados como substâncias controladas – perigosas e potencialmente viciantes. Os pais de Susan – László, um psicólogo, e Klara, uma professora – quase foram presos por decidirem dar aulas para ela em casa. Mas antes mesmo de se casar, László já havia decidido como queria criar seus futuros filhos. “O gênio é feito, não nasce”, ele insistiu, lembrando a Klara de Mozart e outros prodígios que foram ensinados desde cedo.
Ele observou sua filha primogênita com cuidado, e quando, aos 4 anos, ela pegou as peças de xadrez como se estivesse procurando um tesouro, ele aproveitou o momento. Ele próprio não era um bom jogador, mas encontrou livros sobre xadrez e ensinou para Susan regras, estratégias e temas táticos do jogo. Seis meses depois, sentada em travesseiros e listas telefônicas para chegar aos tabuleiros de xadrez da competição, ela ganhou o Campeonato Feminino de Budapeste Sub-11 com uma pontuação perfeita de 10-0. Aos 11 anos, ela começou a viajar para outras cidades e participar de vários torneios. Em 1981, ganhou seu primeiro título mundial, o Campeonato Mundial Juvenil Feminino de Xadrez para garotas com menos de 16 anos. Ela tinha 12 anos.
Uma garota no mundo dos homens
Três anos depois, Susan era a jogadora de xadrez mais bem ranqueada do mundo. A essa altura, ela já era capaz de dizer “xeque-mate!” em sete línguas: húngaro, inglês, alemão, russo, espanhol, hebraico e esperanto. Em 1986, aos 17 anos, Susan se tornou a primeira mulher na história a se classificar para o ciclo do então chamado Campeonato Mundial Masculino de Xadrez. Vários meses após a qualificação, ela recebeu um telefonema da Federação Húngara de Xadrez, explicando que não poderia competir pelo campeonato de 1987 porque não era homem (a FIDE, Fédération Internationale des Échecs, ou Federação Mundial de Xadrez, mudou seus regulamentos para permitir que ela competisse no próximo ciclo do campeonato, em 1990).
Logo depois que disseram a Susan que ela não poderia competir contra os homens, algo inacreditável aconteceu. A FIDE decidiu, com base em um pedido dos soviéticos – que não gostavam do fato de um não-soviético liderar no xadrez feminino – que todas as outras mulheres deveriam obter 100 pontos para o Campeonato Mundial Feminino. O raciocínio era que Susan havia conquistado seu rating máximo por jogar principalmente contra homens, de modo que as outras jogadoras de xadrez não tinham tantos pontos por jogarem torneios exclusivamente femininos. Ela competiu sem os 100 pontos extras e deixou de ser a melhor jogadora do mundo, ficando em terceiro lugar no ranking.
Apenas mulheres
Em 1988, Susan e suas duas irmãs mais novas, Judit e Sofia (então com 12 e 14 anos), jogaram no time de quatro mulheres que representou a Hungria na Olimpíada de Xadrez, realizada naquele ano na cidade de Tessalônica, Grécia. O técnico da equipe feminina soviética, Eduard Gufeld, considerava um exagero o destaque dado pela mídia ao brilhantismo das irmãs Polgár: afinal, eram os soviéticos que haviam conquistado o ouro em quase todas as olimpíadas em que participaram.
Gufeld previu que as Polgárs sofreriam um castigo: “Eu acredito que essas meninas vão perder boa parte de sua imagem adquirida rapidamente”, disse ele energicamente. “Em breve vamos saber se as irmãs húngaras são gênios ou apenas mulheres!”. Gufeld não demorou muito para descobrir que as irmãs Polgár não eram “apenas mulheres”: as três ganharam as Olímpiadas e trouxeram três medalhas de ouro para a Hungria.
Promovendo para Grande Mestre
Nona Gaprindashvili se tornou a primeira Grande Mestre mulher em 1978, seguida por Maia Chiburdanidze em 1984. Ambas vieram da Geórgia, nação do Cáucaso. Susan seria a primeira de outro país, fazendo isso em janeiro de 1991. Ela também foi a primeira mulher a conquistar o título pelos mesmos requisitos exigidos para homens (Nona Gaprindashvili e Maia Chiburdanidze haviam recebido o título anteriormente por serem Campeãs Mundiais Femininas). Judit iria se juntar a ela como Grande Mestre mais tarde no mesmo ano, superando o recorde do ex-campeão mundial Bobby Fischer e se tornando o mais jovem Grande Mestre da história do xadrez até então (com 15 anos e 4 meses).
Em 1992, Susan ganhou o Campeonato Mundial Feminino de Xadrez Blitz e o Campeonato Mundial Feminino de Xadrez Rápido. Em 1993, ela tentou o Campeonato Mundial Feminino de Xadrez e liderou todo o match da semifinal. Então, depois de ficar para trás por duas semanas, sua oponente Nana Ioseliani empatou o placar. A regra na época era de que, se o o match permanecesse empatado depois de disputado o máximo de partidas (incluindo os desempates), a única solução seria decidir por sorteio. Ambas as jogadoras tiveram que escolher entre duas caixas: uma com ouro e outra com prata. Quem escolhesse a que contivesse ouro, iria para a grande final. Infelizmente para Susan, ela acabou escolhendo a caixa que continha prata.
A coroação de uma rainha
Em 1996, Susan finalmente ganhou o Campeonato Mundial Feminino de Xadrez. Ela agora era a única jogadora na história a ganhar a tríplice coroa do xadrez: os Campeonatos Mundiais Femininos nos estilos Clássico, Rápido e Blitz. O campeonato acontecia a cada dois anos, então ela defenderia seu título em 1998. Ela deveria descobrir seu oponente e o local seis meses antes. Mas em fevereiro de 1998, ela ainda não tinha ouvido nada sobre quando a partida deveria ser jogada. Ela agora estava casada com seu primeiro marido, e ele estava ansioso para começar uma família. A FIDE disse que estava tendo problemas para encontrar um patrocinador para sua luta pela defesa do título. Finalmente, no verão de 1998, ela foi em frente e engravidou.
Naquele outono, a FIDE anunciou que a partida estava marcada para o início de abril de 1999. Seu filho deveria nascer em meados de março. Susan, então, pediu um adiamento de seis meses. Ela foi informada que o match não poderia ser adiado. Além disso, ele não seria realizado em terreno neutro, mas na China – o país de origem de sua adversária, Xie Jun. E o fundo de prêmios seria a metade do mínimo previamente estipulado de 300.000 francos suíços. Susan se negou a jogar e perdeu seu título de campeã mundial.
O match acabou sendo adiado até julho de qualquer maneira, para que Jun pudesse jogar contra uma adversária diferente. Susan entrou com uma ação no Tribunal de Arbitragem do Esporte em Lausanne, Suíça, e recebeu uma indenização monetária. Mas o que mais importava – o título – não pôde ser restaurado, pois agora pertencia a outra pessoa. Susan ficou desanimada e se aposentou do xadrez competitivo.
Um reino com poucas rainhas
Depois que teve seu segundo filho, Susan começou a sonhar como seu pai, pensando em como o xadrez afeta as mentes dos jovens ao desenvolver a habilidade de planejar com antecedência, entender causa e efeito e aprender com os erros. Ela queria especialmente ver as crianças aprendendo xadrez entre o jardim de infância e a segunda série, quando seus processos de pensamento estavam sendo moldados. Ela também queria ver as sociedades aprenderem as lições do xadrez, para que pudessem resolver disputas de maneira pensativa, lógica e pacífica.
Em 2002, o diretor executivo da Federação de Xadrez dos Estados Unidos se reuniu com Susan e apresentou a ela algumas estatísticas preocupantes. Dos membros da Federação na época com quase 100.000 membros, menos de 1% eram mulheres. Assim, Polgár fundou a Susan Polgár Foundation, uma organização sem fins lucrativos que organiza torneios unissex e femininos e promove a educação em xadrez. Uma década depois, o número de mulheres na Federação era de 14%.
O xadrez como um campo de batalha
Em 2003, o diretor executivo da Federação de Xadrez dos Estados Unidos implorou a Susan que deixasse de se aposentar. Ela decidiu que se competisse pelos Estados Unidos e, com sorte, ganhasse algumas medalhas, isso poderia ajudar em seus objetivos maiores. Então, ela concordou em competir nas Olimpíadas de Xadrez de 2004 em Calvià – na seleção feminina dos Estados Unidos. Ela estava pronta para jogar todas as partidas, exceto a contra seu país natal. Por ironia do destino, coube a Estados Unidos e Hungria se enfrentarem no último match da competição.
Na noite anterior ao match, Susan não dormiu. Como se sua batalha interna não fosse feroz o suficiente, ela recebeu mensagens de compatriotas ameaçando matá-la se ela jogasse contra a Hungria. Ela jogou e venceu sua partida. A equipe trouxe para casa uma medalha de prata, a primeira medalha olímpica de xadrez da história dos Estados Unidos. Susan também ganhou uma medalha de ouro individual pelo desempenho (ela nunca perdeu um jogo olímpico em toda a sua carreira).
Construindo campeões
Em 2005, Susan realizou uma exibição simultânea de 326 jogos (um recorde para a época), ganhando 309 e perdendo apenas três. Em seguida, ela quebrou o recorde mundial (ainda intacto) de mais partidas consecutivas disputadas: 1131, contra 551 adversários (com 1112 vitórias, 16 empates e apenas 3 derrotas). Naquele mesmo ano, Susan alcançou o melhor rating de sua carreira (2577 pontos), mas logo deixaria o jogo competitivo para ser treinadora de xadrez colegial nos Estados Unidos.
Em 2007, ela fundou o Instituto Susan Polgár para Excelência no Xadrez (SPICE) e o levou para a Texas Tech University, liderando a equipe universitária masculina mais bem classificada do país e se tornando a primeira mulher a treinar uma equipe da Divisão 1 masculina para um campeonato nacional. Em 2012, o SPICE mudou-se com Susan para a Webster University. As equipes treinadas por ela ganharam cinco campeonatos consecutivos da Divisão 1 durante o período 2013-2017. Susan continua a ser a diretora do SPICE, que realiza um torneio, a Copa SPICE, todos os anos. Fora da carreira de treinadora, Polgár também se tornou escritora, escrevendo vários livros, e trabalhando como colunista da Chess Life e outras publicações. Além disso, entre 2008 e 2018, ela dividiu a presidência da Comissão de Xadrez Feminino da FIDE.
Quebrando barreiras
Susan e suas irmãs quebraram barreiras. Elas não apenas tiveram que derrotar os melhores jogadores nos torneios, mas também superar o sexismo, a hipocrisia e o ressentimento decorrentes da abordagem educacional individualista de seus pais. Sofia, a irmã do meio de Susan, venceu aos 14 anos o Torneio de Roma em 1989 com uma pontuação de 8½ pontos em 9 possíveis e um rating performance de 2879, jamais igualado por qualquer outra mulher na história. Judit, a irmã mais nova de Susan, tornou-se a única mulher a vencer uma partida contra um jogador número um do mundo, derrotando Garry Kasparov no match entre a Rússia e o Resto do Mundo em 2002, aos 26 anos.
Susan fez do xadrez o foco obsessivo de sua vida. Embora ela tenha sido a terceira mulher a se tornar uma Grande Mestre, não a primeira, sua conquista abriu portas para sempre: seis anos se passaram entre Gaprindashvili e Chiburdanidze se tornando GM e outros sete até que Susan Polgár o fez, mas então Judit, Cramling e Xie se seguiram a ela em apenas dois anos. Existem agora 38 Grandes Mestres do sexo feminino. Claro, não há uma “Beth Harmon da vida real” agora, mas provavelmente ela está lá fora – talvez até treinando em um porão de orfanato com um zelador, apenas se preparando para nocautear todo mundo.
Alguns feitos notáveis da carreira de Zsuzsa “Susan” Polgár (1969):
Aos 4 anos, venceu o Campeonato Feminino de Xadrez de Budapeste (Sub-11), com uma pontuação perfeita de 10 pontos em 10 possíveis.
Aos 12 anos, venceu o Campeonato Mundial Juvenil Feminino de Xadrez (Sub-16), seu primeiro título mundial.
Aos 15 anos, tornou-se a mais jovem jogadora número um do mundo até então, quebrando o recorde anteriormente detido pela ex-campeã mundial feminina Maia Chiburdanidze.
Aos 17 anos, tornou-se a primeira mulher a se classificar para o ciclo do então chamado Campeonato Mundial Masculino de Xadrez, mas foi impedida de competir pela Federação Húngara de Xadrez por não ser homem.
Aos 22 anos, tornou-se a terceira mulher Grande Mestre e a primeira a conquistar o título pelos mesmos requisitos exigidos para homens (Nona Gaprindashvili e Maia Chiburdanidze haviam recebido o título anteriormente por serem campeãs mundiais femininas).
Aos 23 anos, venceu o Campeonato Mundial Feminino de Xadrez Blitz de 1992 e o Campeonato Mundial Feminino de Xadrez Rápido de 1992, tornando-se a primeira pessoa a ser campeã mundial das duas modalidades.
Aos 26 anos, venceu o Campeonato Mundial Feminino de Xadrez de 1996, tornando-se a primeira pessoa a conquistar a tríplice coroa do xadrez: os Campeonatos Mundiais Femininos nos estilos Clássico, Rápido e Blitz.
Aos 35 anos, conquistou uma medalha de prata por equipe na Olimpíada de Calvià em 2004, a primeira medalha olímpica da história da Seleção Feminina de Xadrez dos Estados Unidos.
É a primeira, e até hoje única, mulher a conquistar a tríplice coroa do xadrez: os Campeonatos Mundiais Femininos nos estilos Clássico, Rápido e Blitz.
É a primeira, e até hoje única, pessoa a conquistar as seis coroas mais prestigiadas do xadrez: os Campeonatos Mundiais Femininos Clássico, Rápido, Blitz e Juvenil, a medalha de ouro olímpica (individual e por equipe) e a classificação mundial número 1 no ranking feminino da FIDE.
Detém, até hoje, o recorde mundial de mais partidas consecutivas disputadas: 1131, contra 551 adversários (com 1112 vitórias, 16 empates e apenas 3 derrotas).
Foi campeã olímpica cinco vezes e conquistou doze medalhas gerais: 5 de ouro, 4 de prata e 3 de bronze.
Entre a sua estreia na Olimpíada de Tessalônica em 1988 e a sua despedida na Olimpíada de Calvià em 2004, nunca perdeu uma partida olímpica sequer, vencendo 31 jogos e empatando 25.
Alguns feitos notáveis da carreira de Elizabeth “Beth” Harmon (1948):
Aos 10 anos, derrotou todos os doze membros do clube de xadrez da Duncan High School em partidas simultâneas.
Aos 14 anos, venceu o Campeonato Estadual de Xadrez de Kentucky de 1963, derrotando jogadores fortíssimos como Townes (1724 pontos de rating), Sizemore (2050 pontos de rating) e Beltik (2150 pontos de rating e campeão estadual da época).
Aos 15 anos, venceu o Torneio de Cincinnati de 1963, derrotando na final o fortíssimo Mestre Americano Rudolph.
Aos 17 anos, foi vice-campeã do Mexico City Invitational de 1966, derrotando os fortíssimos Grandes Mestres Georgi Girev (da União Soviética), Octavio Marenco (da Itália) e Diedrich (da Áustria).
Aos 18 anos, venceu o Campeonato de Xadrez dos Estados Unidos de 1967, derrotando na final o fortíssimo Grande Mestre Benny Watts (campeão americano da época).
Aos 19 anos, foi vice-campeã do Paris Invitational de 1967, derrotando os fortíssimos Mestres Internacionais A. Bergland (da Noruega), P. Darga (da França), S. Malovicz (da Iugoslávia) e R. Uljanov (da União Soviética).
Aos 20 anos, venceu o Moscow Invitational de 1968, derrotando todos os Grandes Mestres mais fortes do mundo – Hellstrom (da Suécia), Duhamel (da França), Flento (da Itália), Laev e Shapkin (da União Soviética) – e dois campeões mundiais – Luchenko (ex-campeão mundial) e Borgov (campeão mundial da época), ambos da União Soviética.
Entre a primeira partida do Campeonato Estadual de Xadrez de Kentucky de 1963 e a final do Campeonato de Xadrez dos Estados Unidos de 1966, permaneceu três anos seguidos sem perder uma partida sequer, até ser derrotada pelo campeão americano Benny Watts.
De novembro de 1963 a dezembro de 1966, perdeu apenas três partidas oficiais: a final do Campeonato de Xadrez dos Estados Unidos de 1966 (para Benny Watts) e as finais do Mexico City Invitational de 1966 e do Paris Invitational de 1967 (para Borgov).
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