Se você já ficou fascinado pelos enormes restos de esqueletos de dinossauros ou pelas primeiras ferramentas humanas desenterradas exibidas em museus, você provavelmente deveria agradecer aos paleontólogos. Os paleontólogos estudam os fósseis (restos biológicos) de organismos que viveram no passado. A informação obtida a partir desses fósseis torna-se benéfica porque estabelece a ligação entre o tempo e o local em que um organismo viveu.
Mais do que qualquer outro campo da ciência, a paleontologia oferece oportunidades não apenas na exploração do passado, mas também nas vastas possibilidades de ideias científicas que ainda precisam ser descobertas. Nos últimos séculos, o campo da paleontologia floresceu muito devido às descobertas de vários cientistas.
Se não fosse pelos esforços combinados de literalmente milhares de paleontólogos, biólogos evolucionistas e geólogos, não saberíamos tanto sobre a história e a evolução da vida na Terra como sabemos hoje. Nesse artigo você encontrará apenas algumas das mentes mais brilhantes da história da paleontologia, que deram contribuições extraordinárias ao conhecimento histórico da vida dos nossos ancestrais e fizeram o campo da paleontologia florescer do jeito que é hoje.
Georges Cuvier (1769-1832)
Foram necessários séculos de desenvolvimento científico para que os fósseis deixassem de ser uma mera curiosidade e passassem a integrar o conhecimento da história natural dos seres vivos. Somente quando os trabalhos do pai da paleontologia Georges Cuvier foram aceitos pelo mundo científico é que o estudo dos fósseis pôde servir de base para a constituição da paleontologia como uma ciência autônoma. Cuvier foi uma figura central na investigação sobre história natural na sua época. Procurando atingir a compreensão das leis naturais que regem o funcionamento dos seres vivos ele formulou as leis da anatomia comparada, que possibilitaram as reconstruções paleontológicas. A partir daí, os fósseis poderiam passar a pertencer a um sistema de classificação biológica, único, em conjunto com os organismos vivos. Através da anatomia comparada, Cuvier pôde comprovar que as ossadas fósseis de mamutes e mastodontes diferiam das ossadas dos elefantes viventes, asiáticos e africanos, e que portanto pertenciam a espécies distintas. Desta forma estabeleceu, definitivamente, a ocorrência do fenômeno da extinção, visto que não haveria possibilidade de que aqueles enormes quadrúpedes fossem encontrados em alguma região remota do globo, já bem explorado naquele momento. Cuvier estabeleceu assim as bases de uma nova ciência e reuniu um corpo de dados empíricos que foi fundamental para a posterior comprovação das teorias evolucionistas de Charles Darwin e Alfred Wallace.
Mary Anning (1799-1847)
Mary Anning herdou o interesse pela paleontologia de seu pai, um marceneiro que passava as horas vagas procurando fósseis na praia de Lyme Regis para complementar a renda da casa. Quando ele morreu, Mary e seu irmão continuaram a caçar fósseis para vender. Em 1811, quando Mary tinha apenas 12 anos, eles encontraram o crânio e vértebras de um animal que acreditavam ser um crocodilo. Na época, acreditava-se que os fósseis fossem apenas o esqueleto de animais atuais, e não de criaturas extintas. O fóssil encontrado por ela e seu irmão era nada menos que o primeiro esqueleto de um ictiossauro, uma espécie de “peixe-lagarto” que viveu entre 248 e 65 milhões de anos atrás. Mary continuou a descobrir fósseis em Lyme Regis e redondezas, que hoje é conhecida como Costa Jurássica. Lá, ela descobriu centenas de fósseis, incluindo o primeiro fóssil completo de um plesiossauro, além do primeiro pterossauro fora da Alemanha. Anning também descobriu que alguns compostos estranhos, chamados de “pedras bezoar” na época, eram, na verdade, cocô fossilizado. Dentro dessas “pedras”, ela também encontrou pequenos ossos, de animais menores, indicando que eles foram ingeridos pelo predador. Hoje, as fezes fossilizadas são chamadas de coprólitos, e são essenciais para entender a cadeia alimentar da pré-história. É assim que sabemos, por exemplo, se um dinossauro era carnívoro ou vegetariano. Apesar de suas grandes descobertas, Mary nunca assinou um artigo científico. Mesmo assim, ficou conhecida na comunidade científica por suas expedições paleontólogas.
Richard Owen (1804-1892)
Richard Owen foi o fundador do Museu de História Natural de Londres e criador da palavra “dinossauro” (que significa “lagarto terrível” em grego). Foi o primeiro paleontólogo a investigar os estranhos terapsídeos semelhantes a mamíferos (especialmente os dicinodontes “com dois dentes de cachorro”) e o primeiro a escrever um artigo sobre o recém-descoberto arqueopterix. Ele também pesquisou ativamente animais mais “comuns” como pássaros, peixes e mamíferos em uma verdadeira enxurrada de publicações profissionais. Porém, suas enormes descobertas científicas e seu dom notável para interpretar fósseis foram ofuscados em parte por sua personalidade teimosa e arrogante. Owen tinha a tendência de rejeitar ou ignorar as contribuições de outros cientistas, preferindo reivindicar todo o crédito para si mesmo. Ele foi um dos mais implacáveis inimigos da teoria evolucionista e mantinha uma rivalidade extrema com Charles Darwin. Após a publicação de A Origem das Espécies, Owen se envolveu em um debate contínuo com o popularizador evolucionário e apoiador de Darwin, Thomas Henry Huxley. Incapaz de abandonar a ideia de “arquétipos” animais ordenados por Deus para variar apenas dentro de restrições rígidas, Owen ridicularizou Huxley pela ideia de que os humanos evoluíram dos macacos, enquanto Huxley defendeu a teoria de Darwin apontando subestruturas semelhantes em cérebros humanos e símios. Darwin, como sempre, riu por último: em 2009, o Museu de História Natural de Londres, do qual Owen foi o primeiro diretor, retirou sua estátua no salão principal e colocou uma de Darwin em seu lugar.
Othniel Charles Marsh (1831-1899)
Edward Drinker Cope (1840-1897)
Quando grande parte das pessoas pensa no Velho Oeste, imaginam figuras como Buffalo Bill, Jesse James e caravanas de colonos em carroças cobertas. Mas para os paleontólogos, o oeste americano no final do século XIX evoca uma imagem acima de tudo: a rivalidade duradoura entre dois dos maiores caçadores de fósseis do país, Othniel Charles Marsh e Edward Drinker Cope. A “Guerras dos Ossos”, como a rivalidade ficou conhecida, estendeu-se da década de 1870 até a década de 1890. Ela resultou em centenas de novas descobertas de dinossauros – sem falar em atos de suborno, roubo e destruição de ossos. Marsh e Cope estavam tão ansiosos para vencer um ao outro que descobriram muito mais dinossauros do que se tivessem apenas envolvidos em uma rivalidade amigável. A contagem final foi verdadeiramente impressionante: Marsh descobriu 80 novos gêneros e espécies de dinossauros (mais do que qualquer outro paleontólogo na história), enquanto Cope nomeou 56 mais do que respeitáveis. Os fósseis descobertos também ajudaram a alimentar a crescente fome do público americano por novos dinossauros. Cada grande descoberta foi acompanhada por uma onda de publicidade, com revistas e jornais ilustrando as últimas descobertas surpreendentes. Os esqueletos reconstruídos chegaram aos principais museus, onde residem até hoje. Cope estendeu a rivalidade até seus últimos dias de vida. Um de seus últimos pedidos foi que os cientistas dissecassem sua cabeça após sua morte para determinar o tamanho de seu cérebro, que tinha certeza ser maior do que o de Marsh. Marsh recusou o desafio e, até hoje, a cabeça de Cope não foi examinada.
Charles Walcott (1850-1927)
No verão de 1909, Charles Walcott fazia trabalho de campo na Colúmbia Britânica, uma província do Canadá. Ele e sua mulher percorriam um caminho de montanha e reza a lenda que uma das suas mulas perdeu uma ferradura. Quando Walcott se abaixou para apanhá-la, reparou num pedaço de xisto, uma rocha. Ao princípio ela parecia uma rocha comum, mas quando o Sol lhe bateu, brilhou como prata. Walcott olhou mais de perto e viu um padrão, um fóssil. Ao explorarem um pouco mais para ver de onde viera o pedaço de rocha, descobriram algo que nunca ninguém vira antes: um vasto depósito, uma jazida de fósseis do período Câmbrico, que ocorreu há cerca de 500 milhões de anos. Durante os 7 anos seguintes, Walcott escavou a área, recuperando mais de 65.000 espécimes. Ele chamou a sua descoberta de Xistos de Burgess. Os fósseis descobertos por Walcott estavam muito bem conservados, uma fotografia nítida de um tempo em que a vida na Terra era dominada por curiosos seres subaquáticos. Até agora, a descoberta dos Xistos de Burgess revelou cerca de 170 espécies diferentes de vida marinha, uma explosão impressionante de corpos multicelulares e um dado surpreendente devido aos milhares de milhões de anos em que a Terra foi dominada por seres unicelulares. Para muitos cientistas, a diversidade dos fósseis dos Xistos de Burgess é a prova de uma mudança dramática na evolução da vida na Terra, o equivalente evolutivo do Big Bang.
George Gaylord Simpson (1902-1984)
No início do século XX, a teoria da evolução começou a ser confrontada por desacordos sobre a ênfase de Darwin na seleção natural. Os cientistas não tinham certeza de que as populações naturais continham variação genética suficiente para a seleção natural criar novas espécies. Assim, eles consideraram outras explicações, incluindo herança de características adquiridas, variação direcionada a um objetivo ou grandes mutações repentinas que resultaram em novas espécies. No campo da paleontologia, o cientista que mais fez para resolver essas questões foi George Gaylord Simpson, um dos principais fundadores da síntese moderna, junto com o biólogo Ernst Mayr e o geneticista Theodosius Dobzhansky. Simpson defendeu que os padrões fósseis não precisavam de processos místicos ou orientados por objetivos para explicá-los, argumentando que a evolução dos mamíferos, como visto em seus restos fossilizados, se encaixava perfeitamente bem com os novos mecanismos de genética populacional que estavam sendo estudados na época. Simpson também mostrou que as lacunas no registro fóssil refletiam períodos de mudança substancial por meio da rápida “evolução quântica” em pequenas populações, deixando poucas evidências fósseis para trás. Em outras ocasiões, observou ele, as taxas de mudança podiam ser tão lentas que pareciam quase inexistentes. Simpson também foi um escritor prolífico e talentoso, capaz de transmitir ideias de forma simples e clara para um amplo público ao longo de sua carreira. Foi considerado por muitos o maior paleontólogo desde Georges Cuvier e o historiador natural mais influente do século XX.
Edwin Colbert (1905-2001)
Durante sua longa vida, Edwin Colbert fez sua parte nas principais descobertas de fósseis. Ele estava no comando da equipe que desenterrou uma dúzia de esqueletos de celófises no Novo México, em 1947, e ele também nomeou o estauricossauro, um dos primeiros dinossauros conhecidos do final do período Triássico. Por 40 anos, Colbert foi curador do Museu Americano de História Natural em Nova York e escreveu uma série de livros populares (incluindo o seminal O Livro dos Dinossauros: Os Répteis Governantes e seus parentes, de 1945) que ajudaram a introduzir a paleontologia às crianças baby boomers. Colbert já havia deixado sua marca como paleontólogo quando fez sua descoberta mais influente, na Antártica: o esqueleto de um antigo terapsídeo, ou “réptil semelhante a um mamífero”, o listrossauro. Antes da expedição de Colbert, vários fósseis de listrossauros foram desenterrados na África do Sul, e os paleontólogos chegaram à conclusão de que essa criatura não poderia ter sido um bom nadador. A descoberta de Colbert provou que no passado a Antártica e a África do Sul estavam unidas em um único continente do sul, Gondwana, dando apoio à teoria da deriva continental (isto é, que os continentes da Terra lentamente se juntaram, se separaram e se moveram ao longo do último 500 milhões de anos ou mais). Desde então, a teoria da deriva continental contribuiu muito para avançar nossa compreensão da evolução dos dinossauros.
Luis Alvarez (1911-1988) e Walter Alvarez (1940)
Em 1980, Luis Alvarez estudava estratos de rocha nas montanhas ao norte de Roma, quando encontrou algo curioso: uma camada de argila fina e antiga. A camada de argila marcava o que em Geologia se designa por fronteira do Cretáceo-Paleogeno (ou fronteira K-T), um ponto de virada dramático na história da Terra há cerca de 65 milhões de anos quando os dinossauros desapareceram misteriosamente. Analisando amostras da fronteira K-T, Alvarez descobriu que a argila continha níveis extremamente altos de irídio, um elemento raro na Terra, mas abundante no espaço. Quando níveis semelhantes de irídio foram descobertos em todo o mundo, Luis e seu filho Walter Alvarez começaram a perguntar-se o que o teria levado a cobrir a Terra. A resposta era o impacto de um asteroide de proporções enormes, com quase 10km de diâmetro, mais alto que o Monte Everest, deslocando-se a mais de 100.000 km por hora, e liberando uma energia no momento do impacto de cerca de 100 milhões de megatoneladas de TNT. A única peça que faltava para a teoria dos Alvarez era a prova do asteroide. Se ele era tão grande como diziam, deveria ter deixado uma grande cratera. Em 1978, os geólogos encontraram uma que possuía cerca de 65 milhões de anos: a Cratera de Chicxulub, de mais de 180 km de diâmetro, enterrada sob uma camada espessa de sedimento no fundo do golfo do México. Em março de 2010, após extensa análise de provas e dados obtidos ao longo de 20 anos, 41 peritos internacionais de 33 instituições concluíram que o impacto em Chicxulub desencadeou as extinções em massa na fronteira K–T, incluindo a dos dinossauros.
John Ostrom (1928-2015)
Há 50 anos, John Ostrom publicou um artigo descrevendo um dinossauro até então desconhecido que ele apelidou de deinonico (“garra terrível” em grego). Ostrom deduziu que o deinonico tinha uma postura ereta, ao analisar a forma e a função de seus membros. Isso o levou a sugerir que os dinossauros poderiam ter sangue quente, já que uma postura ereta permite que os músculos retenham e gerem calor. A descoberta do deinonico também ressuscitou a hipótese de que os pássaros descendem dos dinossauros. Enquanto inspecionava o que se acreditava ser um pterodáctilo, Ostrum reconheceu que o espécime era na verdade um pássaro com penas. Ele então levantou a hipótese de que o espécime era na verdade um arqueopterix, uma ave pré-histórica, e publicou uma série de artigos que investigavam a possível relação entre o deinonico e o arqueopterix. A partir disso, Ostrom postulou que os pássaros eram descendentes diretos dos dinossauros, em vez de simplesmente compartilharem uma ancestralidade comum, e afirmou que o voo evoluiu quando os dinossauros emplumados agitaram os braços em busca de uma presa. A comunidade científica foi abalada por essas hipóteses e um vigoroso debate ocorreu em seguida. Hoje, quase todos os cientistas aceitam suas descobertas. Ostrom derrubou várias suposições centrais na paleontologia, desencadeou um renascimento jurássico e inspirou várias gerações a olhar para os dinossauros com admiração. Em um dos seus artigos finais, ele afirma que “o registro fóssil desconhecido e ausente nunca poderá sufocar nossa curiosidade”. Certamente não o sufocou.
Michel Brunet (1940)
“É muito emocionante ter em minha mão o começo da linhagem humana”. Absolutamente convencido da importância de sua descoberta, o paleontólogo francês Michel Brunet era puro contentamento no dia 12 de julho de 2002, ao exibir publicamente, pela primeira vez, um crânio e os fragmentos de mandíbula encontrados por sua equipe num deserto do Chade, após 25 anos de escavações. Com 6 a 7 milhões de anos, o Sahelanthropus tchadensis ou Homem de Toumai – ”esperança de vida” na língua local – é o mais antigo e o mais primitivo precursor da espécie humana, que reúne traços tanto de hominídeos quanto de macacos. É um dos achados paleontológicos mais importantes dos últimos cem anos por ter vivido num período crítico, em que houve a separação entre hominídeos e macacos e do qual se conhece muito pouco. Saindo das areias do deserto para as mãos dos pesquisadores, ele tornou ainda mais importante que o Australopithecus africanus, que em 1925 atestou a origem africana do Homo sapiens. Toumai exibe uma inédita combinação – ou mosaico – de traços primitivos e avançados: a face achatada e os dentes caninos o aproximam dos hominídeos, enquanto a caixa craniana equipara-se em tamanho à de um pequeno chimpanzé. Embora Toumai tenha sido abraçado por alguns, também gerou polêmica. Muitos pesquisadores acreditam que Toumai é provavelmente um gorila ou chimpanzé primitivo, ou uma espécie extinta. Se Toumai for realmente um hominídeo, poderá revolucionar a paleoantropologia para sempre. Até hoje, ele é o fóssil de hominídeo mais antigo já descoberto, com mais do dobro da idade de Lucy.
Donald Johanson (1943)
Em 1974, uma descoberta no centro da Etiópia lançaria uma nova luz sobre a evolução humana. Uma equipe de paleontólogos, liderada pelo norte-americano Donald Johanson, desenterrou os restos do esqueleto de um Australopithecus afarensis fêmea, um hominídeo bípede. Ela foi nomeada Lucy em homenagem à canção dos Beatles “Lucy in the Sky with Diamonds”, que foi tocada durante a celebração da descoberta da equipe de escavação. Donald e sua equipe desenterraram mais de 200 ossos e fragmentos, o que representa mais de 40% do esqueleto de Lucy. Após uma reconstrução meticulosa do esqueleto, ficou claro que Lucy era uma mulher idosa e teria cerca de um metro de altura. Ela tinha um cérebro pequeno e, fisicamente, era parecida com um chimpanzé, com uma cabeça pequena saliente, braços longos e pernas curtas. A estrutura dos ossos nas costas e parte inferior do corpo indicam que ela era bípede, a característica de todas as espécies pertencentes aos gêneros Australopithecus e Homo. Lucy foi datada em 3,2 milhões de anos, o que a tornou, na época, o esqueleto de hominídeo mais antigo já descoberto. Mais de três milhões de anos após sua morte, Lucy se tornou uma espécie de celebridade. Seu esqueleto foi exibido em vários museus, despertando a curiosidade de muitas pessoas. Hoje, por conta da sua extrema fragilidade, está guardado em uma caixa especialmente projetada no Museu Nacional da Etiópia.
Jack Horner (1946)
Para muitas pessoas, Jack Horner será para sempre famoso como a inspiração para o personagem de Sam Neill no primeiro filme de Jurassic Park. O grande feito paleontológico de Horner foi a descoberta, na década de 1970, dos extensos locais de nidificação de um hadrossauro norte-americano, que ele chamou de maiassaura (“lagarto boa mãe”). Esses ovos fossilizados e tocas deram aos paleontologistas um vislumbre incomumente detalhado da vida familiar dos dinossauros com bico de pato. Autor de vários livros populares, Horner permaneceu na vanguarda da pesquisa paleontológica. Em 2005, ele descobriu um pedaço de Tiranossauro Rex com tecido mole ainda preso, que foi analisado recentemente para determinar seu conteúdo de proteína. E em 2006, ele liderou uma equipe que descobriu dezenas de esqueletos de psitacossauros quase intactos no deserto de Gobi, lançando uma luz valiosa sobre o estilo de vida desses pequenos herbívoros de bico. Ultimamente, Horner e seus colegas examinaram os estágios de crescimento de vários dinossauros; uma de suas descobertas mais impressionantes é que o triceratops e o torossauro podem muito bem ter sido o mesmo dinossauro. Na virada do século XXI, Horner ganhou a reputação de ser um pouco excêntrico, sempre ansioso para derrubar as teorias aceitas sobre os dinossauros e monopolizar os holofotes. Ele tem causado ainda mais rebuliço atualmente com seu “plano” de clonar um dinossauro manipulando o DNA de uma galinha viva.
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*Othniel Charles Marsh e Edward Drinker Cope compartilham a mesma posição e biografia na lista por dividirem historicamente o crédito pela descoberta de mais de 100 fósseis de dinossauros durante a “Guerra dos Ossos”.
**Luis Alvarez e Walter Alvarez compartilham a mesma posição e biografia na lista por dividirem historicamente o crédito pela descoberta da extinção do Cretáceo-Paleogeno (ou extinção K-T), que extinguiu os dinossauros.